Eduardo Brasil
Repórter
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O coronel-PM Milton Chaves, do Conselho maçônico de segurança também entende que a campanha de desarmamento criou na população uma falsa sensação de segurança.
- Com razão, porque o país, no mesmo período, assiste impotente ao crescimento do crime organizado e bem armado - ressaltou.
Para ele, proibir a venda de armas é entregar este comércio de vez à marginalidade. O coronel, hoje na reserva, observa que a proibição será totalmente inócua, pois além de poder recorrer ao mercado negro para adquirir uma arma, à pessoa interessada, se preferir, bastará viajar a países vizinhos como Uruguai e Paraguai para conseguir comprar armas até mais sofisticadas, de uso exclusivo de forças armadas. Acrescentou que a população, já desamparada pelo braço armado do estado ficará ainda mais entregue aos bandidos com o desarmamento.
- E o povo já está no limite da covardia - frisou.
Ainda de acordo com Milton Chaves, ao saber que a população se desarmou os bandidos vão atuar com mais intensidade, principalmente nas residências mais distantes da área urbana e nas regiões de chácaras.
Afirmando preferir uma arma na mão que um eficiente sistema telefônico ele fez questão de narrar episódio vivido por um cidadão que usou seu direito de defesa ao render um assaltante dentro de sua casa, usando uma arma de fogo de forma consciente e necessária.
- Ele apontou o revólver para o bandido e em seguida ligou para a polícia. Por mais de trinta minutos ficou com a arma apontada para o assaltante até que os policiais chegassem e o levassem preso. Foi um exemplo de como o cidadão pode usar corretamente o seu direito de defesa - disse, sugerindo que o uso adequado de armas de fogo deveria ser alvo de cursos promovidos pelo governo.
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