Comitê 9840 afirma que insistirá na verdade: comitê promete continuar cobrando transparência dos homens públicos

Jornal O Norte
03/08/2006 às 11:34.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:41

Eduardo Brasil


Repórter


www.onorte.net/eduardobrasil

Apesar de terem provocado atropelos que desvirtuaram de forma constrangedora a primeira reunião ordinária da câmara municipal após o recesso parlamentar, na terça-feira 01, membros do Comitê 9840 de combate à corrupção eleitoral consideraram positivos os resultados da manifestação pela transparência do legislativo.




Voluntários do Comitê 9840 dizem que a manifestação


na câmara repercutiu a indignação do povo
(foto: Wilson Medeiros)

Segundo voluntários da comissão anticorrupção eleitoral, ouvidos pela reportagem, o movimento que chamou a atenção de toda a população foi realizado de maneira organizada. As manifestações mais exaltadas infelizmente, observaram, não teriam sido contidas porque os próprios vereadores envolvidos no caso das notas dos Correios contribuíram para isso, tratando a todos os manifestantes como baderneiros.

- Até então estávamos em silêncio. A provocação partiu desses vereadores, que devem satisfação à sociedade - confirma membro da CUT, que também encabeçou o protesto ao lado de mais de uma dúzia de outras entidades como DCE-Unimontes, Arquidiocese de Montes Claros e Pastorais Sociais.

CANAL DO POVO

Para André Alves de Souza, do Comitê 9840, a manifestação pela transparência do legislativo, apesar de ter reunido somente algumas dezenas de pessoas, ao contrário das centenas previstas foi uma canalização do sentimento de indignação da sociedade com os fatos que vieram à luz.

- O movimento está legitimado pela indignação das pessoas que se sentem impotentes para reagirem aos absurdos que são praticados por alguns de seus representantes. O comitê canalizou esse sentimento. Também está legitimado pela posição firme da polícia federal, que agiu apoiada em evidências que justificaram as prisões dos envolvidos - acrescenta.

BASE

Segundo André de Souza, que é advogado, a sociedade, por um instante, questionou o rigor da ação policial e que o Comitê, diante do impacto da notícia, também se preocupou em fazer uma análise dos acontecimentos denunciados, mas com base no inquérito da polícia, ainda que acompanhando os argumentos dos envolvidos que se manifestaram publicamente sobre o caso.

- Nenhum juiz toma uma medida judicial determinando a prisão de alguém se não estiver sustentado em provas de que essa pessoa cometeu um crime. Provas materiais. A nossa manifestação está sustentada naquilo que a justiça já apresentou de provas. E até então, não existem desmentidos.

CLI

O advogado salienta que agora o comitê aguardará pelo pronunciamento do ministério público para conhecer as eventuais denúncias que possibilitarão a abertura dos inquéritos.

- Nesse meio tempo, vamos insistir na verdade. Estaremos acompanhando tudo com muito interesse.

Ele conclui ressaltando acreditar que a presidência da câmara não se oporá à abertura de uma CLI, aspirada pelas entidades, para averiguar todo o caso envolvendo suspeitas de desvio de recursos públicos.

- Não são todos os vereadores que agiram de má fé. Portanto, serão eles que nos apoiarão, com certeza, para a elucidação das dúvidas. E os que dizem não serem culpados, devem aproveitar uma CLI e provar isso. Que eles assinem o nosso abaixo-assinado para instauração da comissão investigativa.

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