Eduardo Brasil
Repórter
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O vereador Athos Mameluque não é mais - pelo menos pelos próximos noventa dias, presidente do diretório municipal do PMDB. O cargo foi ocupado nesta semana por Idelfonso Pereira. A troca de comando, segundo o parlamentar, atenderia à sua necessidade de se dedicar a campanhas políticas de correligionários neste momento em que a busca de votos foi deflagrada. Ele nega que o episódio que apura irregularidades envolvendo duplicidade de notas fiscais na contabilidade da câmara municipal de Montes Claros tenha sido motivo para deixar temporariamente a presidência da legenda, embora admita que este procedimento seja oportuno para que o partido e seus candidatos sejam preservados na disputa eleitoral.
IDELFONSO PEREIRA
Primeiro suplente de vereador e vice-presidente do diretório municipal do PMDB desde o início deste ano, partido que integra desde 1996, Idelfonso Pereira não é um desconhecido dos meios políticos - já disputou duas eleições uma cadeira no legislativo municipal. Ele assume o comando da legenda garantindo que manterá as metas propostas pelo presidente licenciado e que aprova a forma com que estes procedimentos vêm sendo conduzidos.
- Vamos dar prosseguimento ao trabalho realizado pelo vereador, que tem sido de grande importância para o PMDB, para o fortalecimento do PMDB - ressalta.
Idelfonso Pereira assume a presidência do PMDB em Montes Claros e reforça as expectativas eleitorais do partido (foto: Wilson Medeiros)
Idelfonso Pereira acredita que nos últimos anos o partido se revigorou e que na região muito desse vigor retomado se deve ao vereador Athos Mameluque.
- Lamentamos sua ausência na presidência do partido, mas a sua presença na campanha, neste momento, é mais importante.
ELEIÇÕES
Em relação ao pleito de outubro, Idelfonso Pereira diz estar convencido de que o partido tomou a decisão certa ao promover sua coligação ao PT. Para ele, essa união permitirá que o PMDB e o PT alcancem resultados ainda mais positivos nas urnas, elegendo um maior número de candidatos.
- Se podíamos eleger candidatos que precisassem de, um mínimo, sessenta mil votos, por exemplo, poderemos fazê-lo possivelmente com 30 mil votos.
Ildefonso defende a coligação com o PT, entendendo que ambas as agremiações careciam desta força conjunta diante de uma concorrência cada dia mais desenvolta e decidida a vencer a disputa.
- Os adversários são muitos, tanto do PMDB quanto do PT. São candidatos fortes e que precisam ser enfrentados no mesmo nível de forças - encerra o dirigente peemedebista.