Candidatura de mulheres cresce 25%

Representatividade ainda é desafio; em Montes Claros, dra. Ariadna Muniz concorre a uma vaga estadual

Lucas Simões
Hoje em Dia - Belo Horizonte
21/08/2018 às 07:11.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:01
 (MANOEL FREITAS)

(MANOEL FREITAS)

Cotas de vagas para mulheres, fundo partidário destinado a candidaturas femininas ou mesmo o recente fortalecimento do discurso contra o machismo adotado por medalhões da política. Nada disso garantiu ainda equilíbrio na representatividade entre homens e mulheres no cenário eleitoral.

Apesar do aumento de 25,4% nas candidaturas de mulheres em Minas neste pleito, em comparação com as últimas eleições gerais, em 2014, o Estado ainda mantém uma das taxas mais altas de desigualdade de gênero na política.

Nestas eleições, dos 2.190 candidatos registrados no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG), 72,1% são homens e apenas 28,7% são mulheres. Ainda assim, essa é a maior expressão das candidaturas de mulheres em Minas, se comparadas às últimas três eleições majoritárias.

O número ainda é baixo, vez que as mulheres são 51,8% do eleitorado em Minas, ultrapassando a marca de 8 milhões de eleitoras.

Apesar disso, nas últimas duas eleições gerais, em 2010, Minas elegeu apenas cinco mulheres. Quatro anos depois, o Estado dobrou esse pequeno número, quando dez mineiras foram eleitas para cadeiras na Assembleia e na Câmara Federal, em 2014. 

Esse resultado fez com que Minas amargasse a segunda pior colocação no ranking de representatividade de mulheres nas casas legislativas do país, atrás apenas do Pará, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base nas últimas eleições gerais. 

A advogada Luciana Lacerda, da Agência Eleitoral, que oferece consultoria em marketing político a candidatas e candidatos do país inteiro, avalia que o debate sobre representatividade de mulheres na política ganhou espaço após o impeachment de Dilma Rousseff –a primeira presidente mulher da história do Brasil. 

“Independentemente de concordar com o afastamento de Dilma ou não, aquilo abriu o debate sobre a mulher na política. Hoje, os partidos são mais antenados para lideranças femininas. Há várias mulheres à frente de diretórios. Em Minas, das nove candidaturas ao governo, três delas têm vices mulheres. É algo histórico”, opina Luciana.
 
LANÇAMENTO
No final da tarde de ontem, a médica Ariadna Borges Muniz lançou, em Montes Claros, a candidatura à Assembleia Legislativa de Minas pelo Partido Republicano Brasileiro (PRB). Em sua fala, dra. Ariadna levantou principalmente duas bandeiras –a valorização das mulheres, com maior participação na política e a saúde, segmento ao qual dedicou 20 anos de sua vida.

“Precisamos estar juntos para fazermos de forma propositiva uma participação forte na Assembleia. Com coragem e determinação as mulheres precisam de protagonismo”, frisou dra. Ariadna.

O lançamento aconteceu no Gold Eventos, onde recebeu o apoio de prefeitos, vereadores e lideranças de várias cidades do Norte de Minas.
(*) Colaborou Manoel Freitas

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