(MAURO MIRANDA/divulgação)
Vereadores de Montes Claros visitam hoje a barragem de Juramento. A iniciativa atende às constantes reclamações da população que sofre com a falta de água, a partir de rodízio determinado pela Copasa, empresa responsável pelo abastecimento na cidade.
A medida está afetando bairros, que chegam a ficar uma semana sem receber água. Letícia Gomes, moradora do Nova Suíça está indignada. “A situação está insustentável. Reservei o pouco de água que tenho para fazer a comida. Há exatos oito dias a água não chega ao nosso bairro. Tenho que ir a casa dos meus pais para tomar banho”, diz.
Ela destaca que ao procurar a Copasa foi informada de que nos registros da empresa não constaria a falta de água na sua região. “Depois de negar o problema, disseram que enviariam técnicos para avaliar a situação, mas ainda não temos este retorno”, argumentou.
RESERVATÓRIO
A barragem de Juramento compõe o Sistema Verde Grande e é responsável pelo abastecimento de 65% de Montes Claros. De acordo com Roberto Botelho, diretor da Copasa, a barragem está com apenas 25% da sua capacidade, e com isso o rodízio torna-se necessário para garantir que num futuro próximo a cidade não fique desabastecida.
A barragem verteu pela última vez em 2013. Com reservatório cheio, sustentou o abastecimento pelo período de dois anos. Naquela ocasião, eram captados 600 litros por segundo. Em 2015, em razão da seca, a Copasa iniciou o rodízio e definiu a captação em 440 litros, em seguida para 400, até reduzir aos 370 litros atuais que acabou prejudicando alguns bairros.
“Ao tomarmos conhecimento do problema, retornamos com a captação para os 440 litros. A situação deste bairros está sendo normalizada e será mantido o rodízio de 22h com água para 26h sem água, sistema adotado em toda a cidade”.
O diretor ainda disse que a expectativa é de que até outubro sejam colocados em operação 39 poços tubulares profundos. O maior deles no Bairro Alcides Rabelo, onde foi constatada a capacidade de 44 litros por segundo, que abasteceria a médio prazo a região do Grande independência, uma das mais afetadas.