(Márcia Vieira)
A Câmara Municipal de Montes Claros aprovou, por unanimidade, o projeto que prevê reajuste aos servidores do setor administrativo da Casa. O PL 70/2017 estabelece aumento de 10% em duas parcelas iguais (outubro e fevereiro). Proposta precisa ainda da sanção do prefeito para ter efeito.
Ivan Fonseca, contador da Câmara Municipal há 27 anos, afirma que o impacto será de R$ 11 mil mensais na folha e que a Câmara tem caixa para arcar com a despesa. O reajuste beneficia 33 profissionais. “Fizemos um estudo rigoroso e bem conservador pra não estourar o limite que nós temos. Não houve reajuste no início do ano porque não tínhamos disponibilidade, mas com a economia que fizemos, haverá dinheiro para o reajuste deste ano e o de fevereiro de 2018, já previsto no projeto e no mesmo percentual”.
De acordo com o vereador Idelfonso Araújo, que presidiu a reunião, o aumento é justo, mas está aquém do que os servidores merecem. “Há mais de um ano eles não têm aumento. Gostaríamos que este percentual fosse maior, porque eles trabalham muito e merecem, porém, o presidente da Casa entendeu que este era o valor possível neste momento”, diz.
Idelfonso ainda sugeriu que o ideal é que o aumento fosse maior para quem ganha menos e menor para aqueles que têm um salário mais alto, para reduzir a desigualdade. “Mas não pode ser assim”, lamenta.
Para Ricardo Assis, assessor técnico de comunicação da Câmara há 14 anos, não está havendo aumento, mas apenas uma recomposição salarial. “Infelizmente, o ganho não aconteceu, e provavelmente o ano que vem também não, mas temos que levar em consideração a situação atual do país, porque realmente a coisa não está fácil, nem para a iniciativa privada, nem para o setor publico, mas temos que fazer a nossa parte”, argumenta.
Embora considere pouco o reajuste, o servidor acrescenta que não houve maiores transtornos, já que o presidente da Casa se reuniu com os servidores e mostrou a disponibilidade financeira da casa. “Foi tudo feito de maneira pacífica e apenas para reduzir a perda salarial que tivemos”.