(Divulgação/Catuti)
A cidade de Catuti no norte de Minas Gerais, com cerca de 6 mil habitantes, recebe a visita de 37 africanos oriundos de nove países, que vieram conhecer o novo modelo de irrigação utilizado por produtores de algodão. A visita foi viabilizada a partir de parceiros como a Universidade Federal de Lavras (Ufla), Associação Mineira de Produtores de Algodão (Amipa), Instituto Brasileiro de Algodão (IBA), entre outros.
José Tibúrcio Soares, técnico agropecuário e coordenador do projeto afirma que a pesquisa sobre o produto vem sendo desenvolvida desde 2006, e que agora chega ao seu ápice, com o novo modelo de irrigação.
A cada dez hectares plantados, oito dependem da condição climática para serem irrigados. Os outros dois utilizam o novo processo, o que representa a área de segurança para o produtor porque não depende da chuva.
A cadeia produtiva do algodão, entre plantio e colheita, emprega cerca de 500 pessoas. Destes, 97 são produtores. Além de Catuti, estão inseridos no projeto as cidades de Matias Cardoso, Mato Verde, Monte Azul, Pai Pedro e Porteirinha.
“Os africanos terão uma experiência positiva, pois vivem em condições de pobreza e o plantio utilizado ainda é o manual, ao contrário do nosso que já é mecanizado e com máquinas de baixo custo”, diz Tibúrcio.
A produção esperada é mais do que o dobro das anteriores. “Produzíamos cerca de 200 toneladas. Agora serão 500 toneladas e já tem destino certo: uma tecelagem de Araçaí, na região de Cordisburgo vai absorver toda a nossa produção”, revela.
O prefeito José Barbosa Filho (Zinga) declara que a irrigação de salvação (como é chamada a nova tecnologia), representa avanço na economia. “Nunca deixamos de plantar algodão, mas este processo é fantástico e representa um ganho extraordinário para Catuti e toda a região”.
A deputada Federal Raquel Muniz declarou que “o interesse de outros países só comprova a capacidade da nossa gente de encontrar soluções para problemas que não são apenas locais, mas globais”.