Na trajetória artística de Téo Azevedo encontramos dois momentos de suas produções culturais: “A História de Nossa Senhora Aparecida 1717 - 2017” (em cordel), numa homenagem festiva dos três séculos de fé e de milagres de nossa padroeira. Na outra ponta, o “Grito Selvagem” um compacto disco que tem como finalidade o de “promover a reativação de um trabalho feito com simplicidade e criatividade, do primeiro disco de samba/rock, de minha autoria, lançado no Brasil” em 1974.
Aliás, compor músicas de raízes e escrever cordel é tudo que Téo Azevedo faz com maestria, competência e muito amor. O livro é um testemunho de fé e a consagração a Nossa Senhora Aparecida, em cordel, conforme insinua o padre Vitor Coelho de Almeida nas suas palavras de quarta capa. Vejamos: “Ò Maria Santíssima, pelos méritos de nosso Senhor Jesus Cristo, em vossa querida imagem de Aparecida, espalhais inúmeros benefícios sobre todo o Brasil”.
Em 1974, Téo Azevedo lançou seu primeiro disco vinil - Grito Selvagem - que hoje está fora de catálogo. De lá pra cá já são mais de duas mil e quinhentas canções, sendo mais de setecentas cadastradas no ECAD. Em 1978 foi o vencedor do I Festival Brasileiro de Música Sertaneja, da Rádio Record de São Paulo, com “Ternos Pingos de Saudade” em parceria com Cândido Canela. No dia 23 de novembro de 2013 ele ganhou o prêmio Grammy Latino, no Cassino Mandala Bay, em Las Vegas, nos Estados Unidos, com o disco “Salve Gonzagão - 100 anos”. Téo Azevedo é associado do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros, onde ocupa a Cadeira N. 90 que tem como patrono o saudoso Romeu Barcelos Costa.
Para Téo Azevedo
Dário Teixeira Cotrim
Um menino cantador de Alto Belo
Alça voou pra cidade da esperança
No desejo - uma inocente criança
De formar, na ilusão, o seu castelo.
Nesta estrada, de chinelo em chinelo,
Ele edificou o sonho, nesta andança,
De ser ele o animador da festança
No encanto do agalopado martelo!...
E o tempo passou, sem traumas, sem medo,
No gozo da modinha, em serenata,
E ao som de um doce e animado folguedo.
Agora, o povo-cantador se exalta
No acatamento do nome: - Azevedo
Para a glória de sua “Viola Encantada”.