Terrorismo Brasileiro

Bady Curi Neto, advogado
22/08/2017 às 00:46.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:11

Todas às vezes que em alguma parte do mundo, principalmente na Europa e nos EUA acontecem atos de terrorismo pessoas ficam consternadas, sendo notícias nos principais meios de comunicação. E não é para menos, a violência do terrorismo atinge pessoas inocentes, que nada tem a ver com as falsas motivações religiosas dos protagonistas da barbárie.

O mundo ilutado percebe a necessidade de um enfrentamento e até mesmo a caça, no sentido literal da palavra, destes extremistas e de seus grupos bárbaros, Al-Qaeda, Al-Qaeda do Iêmen, Estado Islâmico, Talibã, Boko Haram, entre outros. Importante destacar que números de vítimas do terror não chegam ao conhecimento do Ocidente, certo que as mortes causadas em terras distantes, como no Afeganistão e Paquistão, quase não são divulgadas.

Quando os Estados Unidos determinaram a busca e a eliminação de Osama Bin Laden, escondido no Paquistão, que comandara os ataques de 11 de setembro de 2001, matando cerca de 3000 inocentes, as pessoas aliviadas saíram na rua para comemorar. Segundo informações de um oficial de Segurança Nacional à agência Reuters, a missão da equipe era matar, e não capturar Bin Laden. Realmente não há como combater o terrorismo com flores, ações enérgicas têm que ser tomadas, desde a captura até mesmo eliminação destas pessoas.

No Brasil, vivenciamos outro tipo de terror, a violência desenfreada que mata mais brasileiros do que o terrorismo no mundo. No terror o mote é a deturpação da religião, em nossa nação o mote da violência é o tráfico, o latrocínio, os sequestros, etc., em busca de dinheiro fácil.

O resultado é o mesmo, a morte de pessoas inocentes, por causas distintas. Vale dizer que vivemos sobre constante terror ou uma guerra civil, que as autoridades insistem em não reconhecer, talvez pela inoperância, falta de vontade política, ou mesmo pela legislação penal altamente “garantista” para aqueles que atentam contra a vida da população.

Se um terrorista está armado e é alvejado pelas forças policiais daquela localidade, vemos a ação como ato necessário para a segurança da população, ao contrário, se um traficante desfila com fuzis nas comunidades do Rio de Janeiro ou de outro lugar qualquer e a polícia atira, surgem pessoas dos “direitos humanos” a defender o bandido contra a ação policial, com as escusas que isto seria uma execução.

A verdade é que algumas comunidades do Rio de Janeiro estão alijadas do poder público, vivendo sob as ordens dos traficantes, que chegam a colocar faixas com regramento sobre o trânsito local. Na Praça Seca, Zona Oeste do RJ há uma faixa, junto a uma barricada, com os seguintes dizeres: “Atenção moradores e visitantes, ao entrar na comunidade, abaixe o vidro e acenda a luz do salão, para a sua própria segurança. Grato pela compreensão, a firma agradece! ”.

Ou passamos a enxergar a violência no Brasil como guerra civil ou atos de terror a exigir medidas enérgicas para combatê-la ou estamos fadados a conviver com estas barbárias em nosso cotidiano.

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