Cinara Dreide
Repórter
Profissionais da vigilância sanitária de diversas regiões do estado participaram, na semana passada, de um treinamento para garantir a comercialização fracionada de medicamentos de forma segura nas farmácias de Minas Gerais. Em Montes Claros, ainda não há data definida de quando começará o fracionamento dos remédios.
O evento, promovido pela Diretoria de vigilância sanitária em medicamentos e congêneres, da SES - Secretaria de estado de saúde, aconteceu no hotel Normandy, em Belo Horizonte.
Segundo a farmacêutica Cristiana Martins do Couto Araújo, da SES, a venda fracionada de medicamentos já está em vigor em todo o país, mas deve começar de fato nos próximos meses, já que não existe prazo determinado.
Conforme informações da assessoria de imprensa da Anvisa - Agência nacional de vigilância sanitária a venda nas farmácias é facultativa e depende do interesse dos laboratórios e dos proprietários de farmácias. Por isso, os profissionais devem estar preparados para a inspeção das vendas.
- Este treinamento é de extrema importância para padronizar as ações no estado, para que o fracionamento seja realizado de forma segura nas farmácias mineiras - disse Cristiana Araújo.
De acordo com a farmacêutica, o início da comercialização fracionada de medicamentos pelas farmácias depende da adequação pelas indústrias da fabricação de embalagens fracionáveis.
VENDA
A venda fracionada de medicamentos foi determinada pela Resolução n° 135/2005, da Anvisa. Conforme a resolução, o fracionamento será de responsabilidade do farmacêutico e será feito a partir de embalagens fracionáveis, diferentes das existentes atualmente no mercado. A assessoria de imprensa da Anvisa informou, também, que o processo deverá acontecer de forma semelhante à venda de genéricos, com adesão gradual da população e conseqüente adequação por parte dos laboratórios.
REDUÇÃO
A redução da ocorrência de intoxicações por medicamentos é esperada com a venda fracionada, em função da diminuição de acidentes causados pelo consumo de sobras. Pesquisa realizada pelo Departamento de ouvidoria do ministério da Saúde revelou que 86% da população brasileira apóiam o fracionamento de medicamentos.