Quem imaginou que a novela rio Pacuí havia se aproximando dos seus capítulos finais enganou redondamente. A coluna mais uma vez sai na frente e traz informação de que o Governo do Estado não avalizou totalmente as decisões tomadas. Para tentar resolver os impasses, foi agendado para a próxima terça-feira (29), às 17 horas, no BDMG, reunião com a participação do Secretário de Governo, Aldair Cunha; da presidente da Copasa, Sinara Inácio Meireles; dos prefeitos das sete cidades banhadas pelo rio e grupo de pessoas envolvidas na questão, a exemplo de ambientalistas. A informação é de que antes de realizarem a implantação das adutoras, pode ser exigida a revitalização do Pacuí e até mesmo o abandono da obra.
Esperando o dinheiro
Assessor próximo ao prefeito Humberto Souto, que pediu para não ser revelada sua identidade, confessou à coluna que o chefe do Executivo acredita que ainda este ano a Copasa comece a liberar parte dos R$ 60 milhões do acordo feito para que a Companhia continue explorando o serviço de água e esgoto em Montes Claros. Vale ressaltar que os entendimentos foram concretizados dentro de quatro paredes, sem que a população, a principal interessada, tivesse conhecimento. O certo é que dentro do próprio Ministério Público existem promotores que defende a ideia da necessidade de licitação.
Desembarque do PT
Integrantes do PT de Montes Claros não aceitam qualquer tipo de envolvimento com a administração do prefeito Humberto Souto. A executiva municipal do partido esteve reunida na segunda-feira, quando elaborou carta manifestando-se contra o atrelamento com o Executivo. A carta será lida na tribuna da Câmara pelo vereador Aldair Fagundes (PT). Trecho dela cita que “constatando a ineficiência das políticas públicas ofertadas à população, o descaso com a cidade, o não cumprindo de promessas de campanha e a perseguição aos funcionários são alguns dos motivos”. Ficou definido que na primeira quinzena de setembro acontece reunião do diretório ampliado, quando oficializarão o posicionamento.
Josué Gomes
Até a semana passada o nome do empresário Josué Gomes (leia grupo Coteminas), filho do ex-vice-presidente José Alencar, vinha sendo cotado para ser o candidato do PMDB ao Senado por Minas Gerais. A facilidade estaria no fato de já ter sido candidato na eleição passada, ele tem sido bem avaliado. Agora a conversa é de que ele já foi convidado pelo PT para ser o vice de Lula. A este respeito, considero muito cedo a discussão do assunto, até porque o próprio Lula não tem certeza de que poderá ser candidato. Se não bastasse, Josué sabe que em Minas são raras as opções na disputa por uma das duas vagas ao Senado.
Guerra na Saúde
O Governo do Estado, por meio da Superintendência de Saúde em Montes Claros, não conseguiu fazer com que os hospitais da cidade cumpra os contratos no atendimento às cirurgias eletivas. Além da falta de bloco cirúrgico, os hospitais alegam que estão priorizando os casos mais graves e os blocos existentes são usados para este serviço. O interessante nessa história é que os problemas no setor foram denunciados há dois anos e hoje são os mesmo. Seria de bom tom que o Ministério Público se manifestasse a respeito.