O silêncio das ruas! O barulho da internet!

Arthur Leite, jornalista e professor
08/08/2017 às 21:52.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:59

Quando povo quer os fatos acontecem. Foi assim com os “caras pintadas”; com os patinhos da Fiesp; com os anti-Dilma; contra as reformas da previdência; os Fora Michel Temer, sendo que este último acompanhado de um silêncio jamais visto. Uma das grandes era as manifestações quando sindicatos, centrais sindicais, ONGs, algumas financiadas pelo Planalto, enchiam ruas, praças e jardins numa organização admirada até pelos adversários.

Diante deste quadro é que os analistas estão sem saber definir o que vem ocorrendo, pois o clima é somente de observação, e o pior, com as eleições de 2018 já bombando pelas redes sociais, onde candidatos ao governo, Presidência da República, Senado e Câmara Federal sendo lançados a todo momento.

Na verdade, as eleições do ano que vem serão um marco de mudanças das campanhas em que o ambiente virtual terá mais impacto nos resultados do que qualquer outra estratégia. Essa é a análise dos especialistas em marketing político. Eles afirmam que, nas redes sociais, na prática, a campanha já começou.

A batalha pelos cargos envolverá não só ações de valorização da imagem do candidato, mas também ataques para desconstrução do adversário. A avaliação é que são grandes as possibilidades de divulgação de notícias falsas para conseguir vantagens eleitorais, como aconteceu nos Estados Unidos e na França.

Não se engane os políticos, pois com a queda do financiamento da iniciativa privada, e também mirando no exemplo de Barak Obama, as redes são fundamentais para uma campanha vitoriosa, mas não tão decisivas. Para termos idéia da força do Facebook por exemplo, o mesmo conta somente no Brasil com 99 milhões de usuários e estes tem acessos diariamente com depoimentos, transmissões ao vivo, e até entrevistas montadas por candidatos de todos as espécies.

Para analistas ‘internautizados’, o sistema virtual apresenta as seguintes vantagens e que devem ser acompanhadas pelos partidos políticos e candidatos: o alongamento da campanha, hoje reduzida por 45 dias; o custo das campanhas, que vão ficar bem mais baratas, isto sem contar com a fidelização do voto, já que o contato pessoal com as massas humanas é bem mais fácil de vender uma imagem. Outra coisa, os esquemas de desconstrução de adversário através de ataques também é um forte componente das plataformas.

Os mestres em marketing político se aprofundam no uso da internet para os ataque que foi usada com intensidade na última eleição, principalmente aqui em Montes Claros quando um exército de pessoas contratadas foi usado para manchar nomes de alguns candidatos a prefeito e até para vereador.

Com o silêncio das ruas, o barulho vai ficando nas salas fechadas com computadores ou então nos celulares que podem ser usados de qualquer local, colaborando assim para termos a utilização de informações falsas para influenciar o eleitor podendo assim criar falsas lideranças e mitos. UMA COISA...

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