“O melhor feedback é o negativo”! Foi com uma expressão sombria que o Mestre concluía aquele genial ensinamento que mudou para sempre nossa forma de enxergar o mundo dos negócios e dos relacionamentos humanos...
Realmente temos o hábito de planejar nossos objetivos fixando alvos e métricas alvissareiras, que quantificam positivamente nossos desejos e intenções de avançar, mudar, progredir, melhorar...
Esta é a prática corrente na maioria das empresas ocidentais que gostam de estabelecer números fortes, claros, desafiadores e de curto prazo para serem atingidos por suas equipes...
Ocorre que em ambientes turbulentos, em situações de incerteza como sói acontecer hoje em dia em todo o universo corporativo, onde as mudanças acontecem a todo o momento, estas “imposições” de baixo para cima, tendem a enrijecer a estrutura e a inibir as iniciativas criativas presentes em ambientes onde o aprendizado seja o caminho preferencial.
Mais importante que estabelecer onde quero chegar é conhecer minhas reais restrições e limitações que impedem nosso pleno desenvolvimento.
Mais importante do que estabelecer uma estratégia linear para chegar a algum ponto é construir uma “contra estratégia” para evitar estados nocivos, situações indesejáveis, surpresas desagradáveis, que coloquem em risco a própria sobrevivência da empresa.
Estabelecer o que eu não quero, o que minha empresa não pode, o que não deve acontecer, obriga-nos a criar uma rede com mais liberdade para evoluir, gerando um ambiente mais propício a perguntas e questionamentos que colocam em xeque os aspectos operacionais básicos.
Quando se persegue um alvo fixo estreita-se a compreensão, e as inevitáveis contradições com o ambiente acabam aumentando a turbulência ao tentarem criar a todo custo condições para o cumprimento das metas.
Quando se administra com base no que queremos evitar, criamos comportamentos inteligentes e facilitadores, dentro dos quais podemos nos mover, criar, organizar e encontrar as melhores saídas...
Isto nos leva a expandir nossos rumos para estabelecimento de limites críticos ao invés de alvos rígidos, e nos conduz a uma maior tolerância ao erro, no sentido de utilizá-lo como um guia para os ajustes necessários.
Além do mais invertemos a perspectiva, permitindo um planejamento de “baixo para cima”, que promove ações oriundas de um aprendizado comum, e não através de uma imposição hierárquica.
A ideia básica é tomar consciência como estamos agindo, como nossa empresa está operando, quais são os limites de nossa influencia, que afinal vai nos revelar o que devemos fazer a cada instante para atender a padrões constantes de relevância e excelência.
Cuide bem de você e de sua empresa!