Clídio de Moura Lima
Montes Claros mineira,
princesa do meu coração,
És do rincão do Norte,
coração robusto do sertão.
Lará, lará, lará...
Lará, lará, lará...
Tua lua invade a noite,
Tão suave e estrelada,
parece o manto de Deus,
de tua Padroeira és amada,
és fada.
Lará, lará, lará...
Lará, lará, lará...
Terra fecunda de luz
e encantos,
canto pra te glorificar eterna, terna.
Ó Terra amada!
Lará, lará, lará...
Lará, lará, lará...
Quisera com meu canto
encher,
como encanto,
todos os recantos
deste berço varonil.
Montes Claros,
amor, mil!
Lará, lará, lará...
Lará, lará, lará...
Festa e folclore,
tens sabores
catopês, marujos e caboclinhos,
todos com muito
carinho.
Lará, lará, lará...
Lará, lará, lará...
Seresteiros, o ano inteiro,
em noites de lua cheia.
E os ternos de folias,
em dezembro e janeiro,
todos os anos,
só alegria.
Lará, lará, lará...
Lará, lará, lará...
E pra acabar,
sou festeiro do Divino,
canto pra te louvar.
E todos beijam
e festejam,
levantam o mastro
e a alma,
Montes Claros amada.
Lará, lará, lará...
Lará, lará, lará...