Medalha Ivan Lopes

Artur Leite, jornalista e professor
22/06/2017 às 20:36.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:12

Para quem não o conheceu, o saudoso ex-vereador, médico e fazendeiro Ivan José Lopes exerceu dois mandatos na Câmara Municipal.

Fomos companheiros de Legislatura quando da elaboração da Lei Orgânica Municipal.

Espirituoso, bom falante, ágil no pensamento ele era amigo de tudo e todos.

Atendeu na Santa Casa de Misericórdia durante décadas.

Pelas suas mãos nasceram bebês de muitas gerações.

Gostava de um bom destilado e era fã de Roberta Miranda, de primeira linhagem.

Em sua profissão, era considerado um dos melhores e com ele não tinha nem rico e nem pobre, pois servia a todos sem distinção.

Ivan nunca mais foi o mesmo depois que um acidente ocorrido em Belo Horizonte tirou a vida de seu amado filho.

Com problemas cardíacos, ele faleceu depois de uma enfermidade duradoura em São Paulo.

Pois bem, uma maneira que a Câmara Municipal de Montes Claros encontrou para homenageá-lo foi a criação de uma Medalha de Ouro que sempre é entregue àquelas pessoas que de uma forma ou de outra ajudam e ou ajudaram a cidade em seu desenvolvimento.

A entrega da medalha tradicionalmente no dia 3 de julho, quando se comemora o aniversário da cidade, que em 2017 completa 160 anos de emancipação político-administrativa.

Pela sua significância foi, ao longo dos tempos, sendo disputada por autoridades, profissionais liberais dentre outros, sendo que por último virou disputa política que acaba constrangendo diversos setores da sociedade e também famílias inteiras.

Já foram agraciados com ela Jairo Ataíde, Carlos Pimenta, Raquel Muniz, Padre Henrique, Zé Vicente dentre outros, e a escolha é sempre feita por indicação da

Mesa Diretora por sugestões e aprovadas em plenário pelos vereadores.

No ano passado, por questões pessoais e políticas, teve inicio uma disputa sem nenhuma razão de ser.

Um bloco político do Legislativo apresentou um nome e o da situação indicou o Padre Henrique deixando sequelas entre os vereadores e os “indicados”.

Neste ano, o vereador Rodrigo Cadeirante tenta ser o protagonista da situação ao apresentar o nome do delegado da Polícia Federal, Marcelo de Freitas, passando por cima do Regimento Interno.

Sem querer entrar no mérito da questão, forçou uma situação que acabou em constrangimento novamente, pois o indicado é o médico Newton Figueiredo, que trabalha com diversas instituições de caridade como voluntário.

Como foi comunicado que não poderia agir da forma como agiu, o nobre vereador ameaça entrar com um requerimento pedindo a extinção da honraria, com o fraco e odioso discurso que a mesma “perdeu” o seu valor.

O esforçado edil erra em diversas frentes, mas uma delas é a falta de conhecimento de quem era Ivan Lopes.

Ele mereceu, então, críticas de amigos, parentes do ex-vereador que se sentem desrespeitados.

Seria interessante que a Câmara Municipal de Montes Claros mantivesse os trâmites legais da indicação.

Ou seja, assim o plenário iria decidir sobre as indicações.

Que o desgaste poderia ser evitado, não resta dúvida.

Querer misturar política com honrarias acaba dando nisso.

Uma coisa.

Em sua profissão, Ivan Lopes era considerado um dos melhores. Com ele não tinha nem rico e nem pobre. Gostava de servira todos, sem qualquer distinção
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