Valorize a vida

26/01/2018 às 01:33.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:58

A operação deflagrada ontem pela Polícia Militar Rodoviária e pelo Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem (DEER) mostrou uma realidade chocante sobre as condições dos ônibus que circulam pelas rodovias do Norte de Minas. Uma boa parcela deles não cumpre a legislação e faz as viagens de maneira clandestina. 

Dos 83 veículos vistoriados na BR-135, 17 tinham alguma irregularidade. Isso dá um problema a cada cinco verificações realizadas. É um número considerável se destacarmos que se trata do primeiro dia de operação em apenas um ponto de uma única estrada. 

A justificativa para quem usa esse tipo de transporte é sempre o preço, até 30% menor do que o cobrado pelos ônibus convencionais. Mas o que grande parte das pessoas ignora é que essa diferença não está sendo “embolsada” pelo dono da viação regular. Esse recurso é pago em impostos e taxas que acabam voltando para o consumidor em forma de gasto público para manutenção de estradas, hospitais, escolas. 

As empresas regulares têm obrigações que um clandestino não tem, como capacitação profissional, renovação da frota, seguro para passageiros, e outras. Por exemplo: quem regula a quantidade de horas que um motorista de ônibus irregular fica atrás de um volante? Se uma empresa ferir a regra, a multa é pesada. 

Acidentes podem ocorrer com qualquer um, mas há fatores que aumentam os riscos de colisões e os estragos em decorrência delas. Quem paga por um transporte clandestino joga com a própria vida e com a de outras pessoas, e um dia pode perceber que deu a elas um valor muito baixo. 

O que grande parte das pessoas ignora é que essa diferença no preço da passagem não está sendo “embolsada” pelo dono da viação regular
Compartilhar
Logotipo O NorteLogotipo O Norte
E-MAIL:jornalismo@onorte.net
ENDEREÇO:Rua Justino CâmaraCentro - Montes Claros - MGCEP: 39400-010
O Norte© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por