A vacina é a única forma de se prevenir contra o sarampo, doença viral que pode deixar sequelas e levar à morte nos casos mais graves. Apesar de fazer parte do calendário de imunização e estar disponível gratuitamente nos postos de saúde, é negligenciada por grande parte dos pais, que subestimam a importância da proteção das crianças contra a doença, como mostram os índices de cobertura vacinal em Montes Claros.
Na cidade norte-mineira, apenas 61,36% das crianças de 1 a 2 anos estão imunizadas contra o sarampo – percentual bem inferior ao recomendado pelo Ministério da Saúde, que é de 95%. E o mais grave: no município já existem dois casos suspeitos sob investigação laboratorial.
Erradicado no Brasil há vários anos, o sarampo ressurgiu em solo brasileiro em fevereiro deste ano, quando três mortes foram confirmadas no Norte do país. O vírus teria sido trazido pelos venezuelanos que migraram para cá.
Hoje o Brasil registra 677 casos confirmados de sarampo, com dois surtos, em Roraima e no Amazonas. No Rio de Janeiro, estado vizinho a Minas, há seis casos confirmados.
O quadro de vulnerabilidade levou o Ministério da Saúde a organizar para o próximo mês campanha nacional de reforço da vacinação. Mas não é preciso esperar até lá. Pais de crianças com a vacina em atraso devem procurar o posto de saúde mais próximo e se antecipar à mobilização nacional. Adultos com menos de 49 anos que não têm registro para confirmar a imunização na infância também devem se proteger. É simples e não vale correr o risco do sofrimento com a doença, que, caso se alastre, pode trazer também prejuízos aos cofres da saúde pública.