União pela água

22/09/2017 às 00:12.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:40

A cada dia fica mais claro que se os municípios da região Norte de Minas não se juntarem para botar a boca no trombone sobre os problemas da falta de água ficarão entregues apenas à boa vontade de São Pedro e se prolongará ao longo dos anos. Só a força da união resolverá a questão. E chega de paliativos!

Isso ficou bem claro durante a reunião da Comissão da Crise Hídrica, nesta semana, em Brasília, encontro dirigido pela deputada mineira Raquel Muniz. Foi um momento importante para que lideranças mineiras chamassem atenção para o enfrentamento dos graves problemas vividos pelo Norte de Minas. Depois de percorrer diversos municípios e acompanhar ministros e integrantes do governo para conhecer in-loco a situação, a deputada não tem dúvida de que já existem levantamentos suficientes para cobrar dos governantes uma solução definitiva.

A reunião serviu ainda para se obter informações impressionantes. Há cidades do Norte de Minas, como Ibiracatu, que há seis anos é abastecida apenas com caminhões-pipa, um tremendo paliativo que só serve para alimentar o clientelismo político e maracutaias no abastecimento de água.

As cidades de Pirapora e Buritizeiro também estão em estado de calamidade. Ou seja, estão morrendo de sede à beira do rio São Francisco, segundo Lúcio Coelho, representante do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene). É o fim do mundo!

Portanto, neste aspecto os mineiros têm de seguir o exemplo dos nordestinos e brigar por soluções definitivas como barragens, cisternas para captação de água de chuva, perfuração de poços e, sobretudo, preservação das veredas e do cerrado para recuperação de riachos córregos e rios.

Os mineiros têm de seguir o exemplo dos nordestinos e brigar por soluções definitivas contra a crise hídrica

  

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