Socorro ao Chico

09/12/2017 às 01:14.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:08

O São Francisco é um dos mais importantes cursos d’água do Brasil e da América do Sul. É o rio mais emblemático porque é o único que nasce no Sul e corre para o Norte. O grande dramaturgo, romancista, poeta e professor brasileiro Ariano Suassuna já dizia: “Quando o Brasil quer se reencontrar, ele precisa voltar ao Vale do São Francisco”.

Suas águas passam por cinco estados e 521 municípios, sendo sua nascente na Serra da Canastra, em São Roque de Minas, centro-oeste do Estado. Seu percurso atravessa a Bahia, fazendo divisa ao norte com Pernambuco, além de Sergipe e Alagoas e, por fim, deságua no oceano Atlântico. Ao longo do caminho, atravessa regiões com condições naturais das mais diversas e tem ainda seis usinas hidrelétricas.

Mas o grande “Velho Chico” está cansado. E pede socorro. O rio vem sendo castigado há anos por ações indiscriminadas de erosão, assoreamento e desmatamento das margens, mau uso de suas águas e pela falta de ações efetivas de preservação das nascentes. 

Agora chega a notícia de que o governo federal pretende transferir R$ 9 bilhões do valor da venda da Eletrobrás à iniciativa privada para ações no Velho Chico. O dinheiro seria dividido em 15 repasses anuais de R$ 350 milhões e outros R$ 250 milhões, também anuais, nos últimos 15 anos da concessão. 

É um alento. Sem dúvida. Mas ainda longe do montante que o rio São Francisco necessita para ser revitalizado. Além de dinheiro, o Velho Chico precisa de cuidado, respeito e carinho.

A destinação de parte do valor da venda da Eletrobrás é um alento ao São Francisco, mas anda longe do montante que seria necessária para a revitalização da bacia
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