Montes Claros terá uma sexta-feira agitada. Por um lado, teremos o movimento que antecede a abertura da 43ª Expomontes, no Parque de Exposições João Alencar Athayde, hoje à noite e, por outro, o contingente de trabalhadores que tomará as ruas da cidade em mais um movimento de greve contra as reformas da previdência, trabalhista e de terceirização que tramitam no Congresso Nacional.
De acordo com a Frente Norte de Minas, que coordena o movimento em Montes Claros, pelo menos 25 sindicatos do município engrossarão as manifestações que terão início agora à tarde na praça do Automóvel Clube, no centro da cidade. De lá, os manifestantes seguirão até a praça Flamarion Wanderley, no Alto São João.
Organizada pela Frente Brasil Popular, a greve geral, que acontece em todo o país, se justificaria pelo temor que algumas categorias guardam em relação às mudanças que as reformas pretendem, alegando que serão severamente prejudicadas, perdendo direitos e conquistas de anos.
Neste momento, porém, é importante separar o joio do trigo. Apesar das boas intenções dos grevistas, o movimento é oportuno para os agitadores políticos, radicais, que certamente tentarão dar outra conotação aos protestos, tornando o evento um palanque raivoso para suas posições partidárias. Comportamento contumaz e que tem servido, como já se verificou em outras ocasiões, para confundir a opinião pública e deixar as reivindicações autênticas em um segundo plano. Espera-se, no entanto, que desta vez essas figuras saibam se comportar, inserindo-se no movimento com atitude de quem tem personalidade.