A população das cidades mineiras ribeirinhas ao Rio São Francisco aposta na união de forças na tentativa de salvar o curso d’água da poluição. Neste fim de semana, autoridades, ambientalistas e moradores participam em Januária de um protesto em defesa do Velho Chico, cuja paisagem mudou, ao longo dos anos, em função da exploração econômica no entorno, como a produção de carvão, o garimpo ilegal e a agricultura.
Matas do entorno vêm sendo destruídas para atender as carvoarias; as águas estão poluídas por fertilizantes e defensivos agrícolas, além de o rio sofrer com a retirada sem critério de águas para a irrigação.
Resultado: do passado de águas límpidas e caudalosas, por onde circulavam embarcações de passageiros e de carga, sobra uma paisagem de águas poluídas e escassas, pouco favoráveis à navegação. A ideia do movimento é chamar a atenção das autoridades governamentais para a necessidade de revitalização do Velho Chico e conscientizar a população para o uso mais responsável e respeitoso do rio, que nasce em Minas e deságua no mar, na divisa de Alagoas e Sergipe, Chamado de Rio da Integração Nacional, ele passa por cinco estados e 521 municípios.
O protesto dos moradores das cidades mineiras ribeirinhas é de grande importância, uma vez que 18 milhões de brasileiros dependem direta ou indiretamente das águas do Velho Chico. Ou seja, se o homem não cuidar da natureza da qual depende, corre o risco de ser extinto também. É uma questão vital e urgente. Que o manifesto da parte mineira sirva de exemplo para os outros estados, promovendo a verdadeira integração.