Mostramos na edição desta sexta-feira (05) de O NORTE a situação que incomoda bastante os moradores do bairro Alice Maia. Um terreno acumula montanhas de lixo, entulho e os mais variados objetos descartados pela população. Uma situação lamentável para se ter em frente às residências e ao lado de duas unidades escolares, uma delas infantil.
Esse é apenas mais um exemplo de como a política de tratamento de resíduos em Montes Claros é defeituosa – se é que ela existe na atual administração. Vários bairros têm locais parecidos, se tornando verdadeiros bota-foras ilegais.
Sim, a população é parcialmente culpada pela situação por não descartar lixo em locais adequados. Mas muitas das vezes não há esses espaços legalizados ou eles não são informados para que a população se oriente.
A consequência mais grave dessa situação pode ainda estar por vir. O índice de infestação pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika, pulou de 1,9% em 2016 para de 3,4% em outubro do ano passado. No auge da seca.
Como todos sabem, o inseto se reproduz em recipientes com água parada, o que não falta em locais como os que mostramos hoje. Com os temporais das últimas semanas, esses espaços são criadouros ideais para a reprodução. O risco de uma epidemia neste ano não pode ser descartado.
A prefeitura não pode mais cruzar os braços para a situação do lixo na cidade. Algo precisa ser feito agora, ainda dá tempo de evitar uma explosão de casos de doenças que podem ser transmitidas pelo mosquito.