Marca da festa

14/02/2018 às 23:32.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:22

As últimas experiências do Carnaval de rua em várias cidades brasileiras mostram que a festa mais popular do país vem dando mais certo em locais onde o poder público interfere menos na organização e ouve mais produtores, blocos, escolas de samba e moradores da cidade. Quanto menos interferência política, melhor. 

O Carnaval de Montes Claros atraiu milhares de pessoas, como não poderia deixar de ser por se tratar de uma festa popular, mas esteve longe (bem longe, aliás) de ser o maior da história, conforme muita gente anunciou. 

Não dá para falar em maior festa se, para diversão de alguns, muitos outros precisam sair prejudicados. 

A decisão de levar eventos maiores para avenidas em bairros residenciais provou ser um erro e que mais prejudica do que ajuda. Se não bastassem o barulho e a confusão durante os quatro dias, atrapalhando a vida de quem escolheu ficar em casa para descansar, as “marcas” da falta de estrutura do evento e de educação de quem o frequenta ainda são lembradas pelos habitantes de vários bairros em forma de odor de urina deixada pelos cantos e praças. 

A festa estava bem resolvida na lagoa Interlagos, onde há vários bares e casas de eventos, mas foi alterada para pontos com mais residências que comércios. 

Montes Claros precisa aprender com Brasília de Minas, que reforçou a tradição, levou o desfile de escolas para uma área com poucas residências e montou uma estrutura adequada, atraindo turistas. A receita de um Carnaval de sucesso é mais simplicidade e menos ingerência. 

A festa estava bem resolvida na lagoa Interlagos, onde há vários bares e casas de eventos, mas foi alterada para pontos com mais residências
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