A economia brasileira dá mostras de que começa a reagir. Em 2017, cresceu 1%. No início deste ano teve retração, mas menor do que as projeções dos economistas. Houve redução de taxa de juros, o que aumenta a confiança no setor empresarial. Na esteira dessa retomada Montes Claros recebe investimentos. Nos últimos seis meses, quatro unidades de supermercados abriram as portas na cidade, gerando mais de 600 empregos.
Uma boa notícia para a cidade, que também viu a Nestlé ampliar sua unidade de cápsula de café. Foram R$ 200 milhões investidos. Há ainda a construção civil e o comércio, com ênfase nos setores de vestuário e calçados.
Consequência, segundo economistas, de diferenciais da cidade: polo universitário, mão de obra qualificada e salários mais em conta do que das capitais. Nada mal para uma cidade como Montes Claros, com cerca de 402 mil habitantes e remuneração média de 2,2 salários mínimos, de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O município também é referência para cidades vizinhas. Como diz o economista Aroldo Rodrigues, colunista deste jornal, “a capital do Norte de Minas”.
A esperança é que este cenário positivo se mantenha e traga mais empregos, investimentos para a cidade tão castigada nos últimos anos pela crise econômica que afeta todo o país. Riquezas sobram na região, que há muitos anos vem atraindo empresas de grande porte, como as multinacionais Nestlé e Alpargatas. Além disso, o Norte de Minas é polo tradicional de agronegócios. Vontade de trabalhar não falta ao povo. Basta dar oportunidades.