Lixo sem dono

25/05/2018 às 06:00.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:15

A irresponsabilidade da Prefeitura de Montes Claros no processo de implantação de um plano para coleta de resíduos sólidos para a cidade pode afetar a qualidade de ensino de importante instituição federal, além de acarretar riscos para a saúde da população. A administração municipal notificou, há 15 dias, o Instituto Federal de Montes Claros para que no prazo de três meses privatize a coleta de lixo.

A alegação é a de que os resíduos do educandário se enquadram na categoria de grande gerador. Só que, antes avisar sobre a nova medida, a prefeitura se esqueceu de um diálogo com a instituição, que pega de surpresa corre o risco de não conseguir colocar o serviço particular de coleta de lixo em funcionamento, devido à burocracia e aos prazos demandados no processo de licitação de uma empresa.

Se não conseguirem, toneladas de lixo podem se acumular no educandário, provocando risco de transmissão de doenças para os estudantes e moradores da região. 

Ter que arcar com os custos da coleta privada, sem um planejamento, também pode trazer prejuízos para os cofres da instituição de ensino, que enxerga como única saída reduzir custos em outro setor, afetando com certeza a qualidade do ensino para garantir a coleta. Ou seja, descobrirá um santo para cobrir outro. Um planejamento, no sentido de garantir que a coleta continue sob a responsabilidade da administração municipal até que a escola faça adequações, deveria ter sido pensado. Diálogo e bom senso nunca são demais, não basta apenas impor regras, sem que elas sejam discutidas com a população. 

Ter que arcar com os custos da coleta privada, sem um planejamento, pode trazer prejuízos para os cofres da instituição de ensino
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