Lição do mal

17/08/2018 às 07:00.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:58

Muita gente deve se lembrar com carinho dos primeiros professores como exemplo de educação e respeito. Em 1967, o filme “Ao Mestre, com carinho”, estrelado por Sidney Poitier, foi sucesso de bilheteria ao contar a história de um engenheiro desempregado que resolve dar aulas em uma escola em Londres, onde é obrigado a lidar com adolescentes rebeldes. Mas, ao serem tratados com respeito pelo mestre, que os estimula o gosto pela cultura e a história, os estudantes deixam o mau comportamento e passam a respeitar o professor.

Em Montes Claros, do século 21, quando movimentos sociais em todo o mundo pregam o respeito às mulheres e às diferenças raciais, dois professores são acusados de dar uma má lição de racismo e assédio sexual. Um deles, de 44 anos, da rede estadual de ensino, teria chamado uma aluna de 17 anos de “linda e gostosa”, nas redes sociais. Outra professora, de uma instituição federal, é acusada de praticar atos racistas contra aluno. 

Os dois episódios, se confirmados por meio de sindicâncias, revelam o despreparo dos professores em lidar com a missão de educar. Como responsáveis pela formação dos jovens, têm como dever passar lições de respeito e ética, uma vez que servem como referência para os alunos.

Claro que não vivemos na Londres dos anos 1960, quando foi gravado “Ao Mestre, com Carinho”. Os costumes eram outros, ainda mais se tratando de outro país, no entanto, respeito é universal e atemporal. Deve ser praticado em todos os lugares do mundo e, principalmente hoje, quando o mundo luta pelo direito à igualdade racial e respeito às mulheres. Que venham mais mestres com carinho!

Em Montes Claros, dois professores são acusados de dar uma má lição de racismo e assédio sexual a alunos
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