A operação “Geração Perdida”, desencadeada pela Polícia Federal em Montes Claros e Várzea da Palma, mostra, de certa forma, como é fácil a bandidagem fraudar instituições bancárias e se darem bem, pelo menos enquanto não são identificados, pois uma hora a casa cai e o mundo deles desaba e só resta ver o sol nascer quadrado, se a Justiça assim determinar.
O fato é que a vulnerabilidade do sistema acabou dando trabalho a 60 policiais federais. Por oito meses eles vinham trabalhando em torno de uma denúncia envolvendo prejuízos à Caixa de mais de R$ 1,3 milhão, enquanto o comércio perdeu em torno de R$ 50 mil. Pelos volumes apurados, tudo indica que o golpe ainda era tímido, apesar de ser praticado há pelo menos cinco anos pelos sete membros da quadrilha baseada em Várzea da Palma.
O curioso é que o golpe envolveu três gerações de uma mesma família, que usou documentos falsos para empréstimos bancários. Depois, tome compras com cartões de crédito falsos, lesando mais de dez lojistas.
O certo é que todo o processo deixa bem claro como deve ser fácil trapacear bancos, talvez até mesmo pelo afã de conquistarem clientes e de seus gerentes cumprirem suas metas concedendo empréstimos. E o mesmo podemos dizer em relação aos cartões de crédito que, infelizmente, pulverizam prejuízos, fazendo inúmeras vítimas no comércio.
O curioso é que depois de cumprir sete mandados de busca e apreensão, sete mandados de sequestro de bens e sete mandados de identificação criminal, a Polícia Federal e o Ministério Público pediram a prisão dos envolvidos. No entanto, o juiz entendeu que não havia necessidade disso no momento, e todos os investigados seguem soltos. Até quando?