Todas as previsões e promessas de chuva no Norte de Minas apontam que ela não deve chegar antes de novembro. Por isso, a prevenção de incêndios na vegetação deve ser ainda maior neste mês.
Os números do Corpo de Bombeiros mostram que, neste período, infelizmente, há um aumento nos incêndios, ocorrências estas muitas vezes provocadas por inocentes fogueiras ou queimadas em pastagens que acabam ficando fora de controle. Em 2017, por exemplo, foi registrado um aumento de 10% no número de queimadas em relação ao ano anterior.
Neste ano, de janeiro a agosto, já foram registradas nada menos que 318 ocorrências, contra 288 no mesmo período de 2016. Um número espantoso que, talvez, possa ser explicado pelo período de seca mais acentuado, o que deixou a vegetação mais vulnerável a queimadas provocadas pela ação humana – o que, é bom que fique claro, é crime passível de cadeia.
Mas antes disso o importante mesmo é o trabalho de conscientização da população quanto aos problemas causados pelas queimadas, muitas vezes alimentadas pela antiga cultura de limpeza de pastagens ou mesmo para o preparo para o plantio, uma prática inconcebível nos dias de hoje.
O Corpo de Bombeiros foi reforçado este ano com equipamentos de combate ao fogo no campo, como abafadores, caminhões e bombas d’água. Mas só mesmo a conscientização e a participação da sociedade podem fazer com que não se repita em Minas o que ocorreu no ano passado, quando foram registrados 440 incêndios no interior das reservas ambientais, destruindo 14 mil hectares de vegetação em todo o Estado.