Usadas no passado como veículos para lazer, as motocicletas passaram a integrar as cenas urbana e rural como meio de transporte e ferramenta de trabalho. A preferência por este tipo de veículo está ligada ao custo mais baixo, à economia com combustível e ao menor porte, que possibilitariam mais agilidade no trânsito.
Nas metrópoles, as motocicletas se transformaram também em um meio para o ganha-pão. Cresce o número de motoboys, a maioria jovens que encontraram no serviço uma forma de inserção no competitivo mercado de trabalho.
Nas cidades do interior, a predileção pelas motocicletas também é visível. Em Montes Claros, estatísticas revelam que a frota sobre “duas rodas”, que era de 74.332 unidades no ano passado, deve chegar a 100 mil até o próximo mês. Mas junto com este crescimento, que facilita o transporte da população, vem também o lado negativo.
Com menos proteção física em relação a outros veículos, motos deixam condutores mais expostos a riscos de ferimentos e mortes em caso de acidentes. Sem contar que grande parte dos motociclistas – segundo pesquisas – são jovens, com espírito mais propenso à ousadia de dirigir em alta velocidade.
Na região norte-mineira, acidentes com motos já lideram mais da metade das estatísticas. A campanha Maio Amarelo, para educação no trânsito, promete focar o alerta para este público no Norte de Minas. Vem em boa hora, mas, junto à educação dos motociclistas, é preciso que haja investimentos para melhorar as vias da região, outra grande causa dos desastres de cada dia.