A escola, que deveria ser para o cultivo de valores como honestidade e respeito ao outro, transforma-se em palco de violência, revolta e falta de limites. A mídia impressa e digital noticia com frequência casos de professores e funcionários agredidos por alunos, tornando o espaço estudantil, no passado seguro, em ambiente onde pais já não podem deixar os filhos com tranquilidade. Em Brasília de Minas, um episódio inusitado choca os moradores. Dois adolescentes furtaram quatro notebooks da escola, depois de invadir a sala da diretoria, onde pegaram as chaves da sala de informática, cujas grades foram destruídas. Antes de fugir, picharam a sala dos professores e deixaram um bilhete confessando o crime. Por causa do furto dos equipamentos, outros estudantes não puderam ter aulas de informática.
Apreendidos em flagrante, os estudantes confessaram que o crime fora arquitetado durante cinco anos. Tempo que deveria ter sido suficiente para aprender, além de matemática, português e outras disciplinas, a respeitar as autoridades e não roubar. Que o episódio, que, à primeira vista, pode até parecer engraçado ou uma ficção – eles levaram tanto tempo para roubar quatro computadores – sirva de lição para a dupla. Que os dois não repitam esta prática na vida adulta. É o que se espera.
O certo é que as histórias de violência nos ambientes de ensino estão cada vez mais comuns, não só nas instituições públicas, mas também nas privadas. Cabe às famílias realizar também o papel de educar e não delegar somente ao ambiente escolar.