A insegurança que impede, muitas vezes, a população de circular com tranquilidade por ruas e avenidas também tira o sossego de quem faz da estrada a profissão.
O roubo de cargas cresce assustadoramente no Brasil, sendo que Minas Gerais – dono da maior malha rodoviária do país – figura entre os estados com maior incidência deste tipo de crime. O número de ataques a caminhoneiros e de roubo de mercadorias em Minas cresceu 10% em 2017, comparado ao ano anterior. A expansão exige olhar mais atento dos órgãos de segurança pública, da Fazenda e da Justiça para conter a escalada deste tipo de crime, que causa danos aos empresários, aos consumidores e põe em risco a vida de motoristas de caminhões.
Trata-se de um crime organizado e o trabalho exige repressão da atuação dos ladrões, que atacam cada dia com mais violência, e dos transportadores e receptores das mercadorias – grande parte comerciantes que adquirem produtos por preços mais baixos.
Em 2015, foi aprovado o decreto 8.614/15, que regulamentou a lei complementar 121, de 9 de fevereiro de 2006, que instituiu a criação da Política Nacional de Repressão ao Furto e Roubo de Veículos e Cargas, que, entre outras medidas, prevê a criação de planos, programas e estratégias de ação para a repressão de furtos e roubos de veículos e cargas. No entanto, o que acontece nas rodovias mostra que ainda há muito a ser feito. Estudos apontam o transporte de carga brasileiro como um dos mais perigosos do mundo.