Faz muito bem a prefeitura, por meio de seu Centro de Controle de Zoonoses, em promover o anunciado controle da raiva canina na cidade, agendado para o próximo mês. Vacinação é uma arma eficaz de prevenção a doenças.
Mas fica claro que, apesar de ser uma importante iniciativa, não basta isso para conter os problemas causados pelo crescimento quase exponencial de cães e gatos no ambiente urbano.
Abandonados pelos donos ou tendo nascido nas ruas da cidade, animais sem-teto representam um risco para toda a população. Além de estar passíveis de adquirir várias doenças como sarna, ou câncer, esses animais são sujos e maltratados. Além disso, fezes espalhadas pelos quatro cantos – parte deixada nas ruas pelos proprietários de animais sem consciência da importância de zelar pela limpeza dos espaços públicos, vale destacar –, atraem moscas e aumentam o risco de proliferação de enfermidades como a leishmaniose, que pode ser fatal em humanos.
É um caso de saúde pública, está diretamente ligado à falta de hábitos de posse, propriedade ou guarda responsável dos cães e gatos e cabe ao poder público tomar tomas as providências cabíveis para garantir o bem-estar dos moradores.
É preciso educar a população e é imprescindível não somente a vacinação antirrábica, mas também uma política eficiente de controle da população animal de rua, com a manutenção regular do serviço de castração.
A iniciativa das ONGs é louvável e urgente, mas é uma medida desesperada para preencher uma lacuna deixada pela prefeitura. Espera-se que, no mínimo, a prefeitura abrace a iniciativa.