O morador de Montes Claros que circula com frequência pelas ruas cidade pode perceber claramente que cada vez mais as ruas são tomadas por animais, principalmente cães e cavalos.
Não se trata aqui em ser contra as espécies. O ser humano, na maioria das vezes, é quem provoca esse desequilíbrio na natureza. Os animais, como diz na reportagem uma representante de entidade de defesa dos bichos, são mais vítimas do que a principal causa do problema.
A questão é avaliar a política de controle na cidade, que parece, no momento, ineficaz. Por exemplo, uma das ferramentas mais comuns em grandes cidades, o serviço de castração foi fechado em maio e, até agora, não há previsão de reabertura.
No caso dos animais de maior porte, como cavalos e bovinos, a equipe especializada na apreensão faz o possível, mas esses animais acabam sendo devolvidos aos donos após o pagamento da multa prevista em lei. E os proprietários voltam a deixá-los sem cuidados. A reincidência no descaso já deveria ser motivo para a perda do animal, desde que a espécie fosse levada para um local adequado.
Os moradores que abandonam os bichos nas ruas também têm parte de culpa, por isso o investimento em uma campanha de conscientização poderia ter impactos interessantes.
Quanto aos pombos, que praticamente tomaram todas as praças da área central, parece ser uma questão de combate direto. O risco de transmissão de doenças, principalmente respiratórias, não é pequeno. É melhor e mais barato gastar agora no controle desses animais do que no tratamento de uma infecção causada por eles.