Cofre cheio

01/03/2018 às 06:04.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:38

As informações dadas pelo secretário de Finanças de Montes Claros, Cori Ribeiro, para os poucos presentes à audiência de prestação de contas do ano passado, reforçam a impressão de inércia da atual gestão municipal. Segundo ele, os cofres da prefeitura terminaram o ano com R$ 68 milhões. É um dinheiro significativo para uma cidade cheia de problemas. 

Responsável apenas pelo caixa, Cori não tem domínio sobre como ou quando serão gastos tais recursos. O cidadão montes-clarense, com certeza, sabe indicar muitas áreas que carecem de investimentos. Ele olha, todos os dias, pela janela do ônibus ou percebe no trajeto a pé pelo bairro onde mora diversas intervenções possíveis a serem feitas e que melhorariam significativamente a vida de muitos. 

O cidadão sente falta desses recursos no atendimento no posto de saúde, no serviço de urgência e emergência, ao desviar dos buracos nas ruas, ao ver os alagamentos causados pela chuva e a degradação da Praça de Esportes, no fechamento dos banheiros públicos, na falta de segurança nas escolas, na ausência de polícia social e nas péssimas condições das estradas na zona rural. 

Dinheiro público é para ser gasto com responsabilidade, mas é para ser gasto. Prefeitura não é banco ou empresa. Não tem que dar lucro. 

Em todos esses meses, nunca ninguém definiu tão bem uma administração quanto Cori, na sessão que marcou também a despedida dele do cargo: “Estamos com a Ferrari e andamos de carroça”. Você está certo, Cori, porém mais importante do que ter uma Ferrari é entregá-la a quem sabe dirigir. Caso contrário, vira uma carroça mesmo. 

Dinheiro público é para ser gasto com responsabilidade, mas é para ser gasto. Prefeitura não é banco ou empresa. Não tem que dar lucro
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