Chumbo grosso

17/08/2017 às 00:01.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:07

Em Minas e, certamente, em outras regiões do país, diante do alto preço das armas de fogo industrializadas, cresce o número do uso de armas artesanais, assim como suas apreensões. Só que, originalmente destinadas à caça, essas armas rudimentares tem acabado nas mãos de bandidos para a prática de crimes, principalmente no ambiente urbano.

Esta é a explicação dada para fenômeno pelo pesquisador na área de segurança pública, o coordenador do Núcleo de Estudos Sociopolíticos da PUC-Minas, Robson Sávio. Com a vigência do Estatuto do Desarmamento a partir de 2003, teria havido uma redução do mercado legal de armas, estimulando o comércio paralelo e a coisa acaba ficando fora de controle, pelo menos parcialmente.

E o Norte de Minas se destaca no caso das armas de fabricação caseira. Por mês, pelo menos 100 armas artesanais são apreendidas pela polícia, quase todas feitas inicialmente para a caça a animais na zona rural, o que também é um crime. Porém, infelizmente, muitas acabam sendo usadas por bandidos para cometerem todo tipo de crime na área urbana.

Apesar de apresentarem baixo poder de fogo, já que disparam apenas um tiro, essas armas não podem ser menosprezadas. Policiais já notaram que quando são roubadas ou furtadas vão parar em mãos de pessoas ligadas ao tráfico de drogas ou a roubos, após serem adaptadas para se tornarem mais potentes. Portanto, todo cuidado é pouco, já que dados da Secretaria de Segurança mostram que de janeiro a maio do ano passado, 581 armas artesanais foram apreendidas apenas na região Norte. E no mesmo período deste ano já foram 552 produções ilegais retiradas de circulação na mesma região.

O Norte de Minas se destaca no caso das armas de fabricação caseira destinadas à caça
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