Chamas da crise

21/07/2018 às 00:32.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:31

O preço do gás de cozinha, que no período de um ano registrou aumento de 21%, faz moradores de Montes Claros voltarem ao passado. Famílias da periferia, grande parte delas numerosas e com renda mensal de um salário mínimo, não têm mais como arcar com o custo do combustível, que chega a ser vendido a R$ 78 o botijão. A fim de não deixar faltar comida à mesa, muitas agora acendem todos os dias as chamas do fogão a lenha, antes aposentado, tornando o cotidiano ainda mais sofrido nos bairros com população de baixa renda.

Como no passado, homens e mulheres vão em busca de lenha ou carvão e enfrentam a fumaça que – segundo estudos comprovados cientificamente – podem prejudicar os pulmões, caso o fogão fique em cozinhas fechadas e o uso seja constante. O preço alto também traz impactos para as distribuidoras, que registram redução no número de vendas.

A dura realidade, que afeta a economia e obriga famílias a voltarem a um passado sem conforto, em plena era de evolução tecnológica, mostra a necessidade de o governo alterar as políticas de preços do gás de cozinha, que hoje acompanham as cotações internacionais.

Não é justo tamanho retrocesso nos lares das famílias que, nas últimas décadas, passaram a contar com eletrodomésticos e acesso a outros bens de consumo que garantiram qualidade de vida. Medidas para baixar não só o preço do gás, mas dos alimentos e outros itens essenciais à sobrevivência, mostram-se urgentes no país para uma vida mais digna.

A dura realidade das famílias mostra a necessidade de o governo alterar as políticas de preços do gás de cozinha
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