Castigo da seca

28/09/2017 às 00:01.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:46

Em Minas, quem olha para o céu não enxerga nenhum sinal de chuva. Já são mais cem dias sem pingar uma gota d’água sequer. A estiagem que castiga o Estado deixa marcas em várias regiões, especialmente no Norte, Noroeste e nos vales do Mucuri e Jequitinhonha.

Último balanço do Ministério da Integração Nacional aponta que já são 217 municípios mineiros em situação de emergência em função da seca. Em todo o ano passado, a pasta reconheceu a situação em 166 cidades de Minas. Em 2015, foram 147, o que mostra que o cenário só vem se agravando ano após ano.

A falta de chuvas regulares atrasa o plantio, seca os pastos e compromete a produção de verduras. Sobra também para a indústria e até para o comércio. Tudo isso numa economia já maltratada pela crise financeira e política.

No caso da produção de gado de corte, os impactos mais fortes têm sido sentidos no Norte de Minas, que vem acumulando perdas em mais de seis anos de seca na região. Com a falta d’água, a área de pastagem encolheu mais de 70%. Já o rebanho caiu pela metade, para 1,4 milhão de cabeças de gado. A pecuária leiteira agoniza.

Também sobrou para Jaíba, dona do maior projeto de irrigação da América Latina. A baixa vazão do rio São Francisco fez com que a captação de água fosse suspensa durante 24 horas, uma vez por semana.

Resta agora a conscientização de indústrias, do agronegócio e do próprio consumidor. Mais do que nunca, é preciso racionalizar o uso desse bem precioso que é a água.

A falta de chuvas regulares atrasa o plantio, seca os pastos e compromete a produção de verduras
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