Três hospitais de Montes Claros fecharam as portas de seus prontos-socorros. Só atendem os casos mais graves, os de riscos de morte. Tudo por conta da superlotação. A Santa Casa, com 20 leitos estava com 70 pacientes, e a situação se repete no Aroldo Tourinho e no Clemente Faria. Não é a primeira vez este ano que acionam o plano de contingenciamento. A Santa Casa fez isto em janeiro.
Se já havia ocorrido antes, por que as autoridades não tomaram uma atitude? A saúde, a cada dia, é relegada, deixada de lado na cidade, no país. Até quando as pessoas mais carentes vão ter que passar por isso?
A dona de casa Isabel Silva foi impedida de ficar com a mãe, de 84 anos, que sofreu AVC grave. A lei nº 10.741, do Estatuto do Idoso, assegura o direito a acompanhante. Diz que o hospital tem que proporcionar condições adequadas para a permanência, em tempo integral, de alguém junto ao paciente. Nem isto fizeram.
Isabel Silva teve que procurar um lugar do lado de fora do hospital. Não podia ficar nem na recepção. Dura realidade de pessoas, como ela, que têm que enfrentar a situação precária do atendimento à saúde em Montes Claros.
Já passou da hora de a sociedade montes-clarense cobrar uma saída, de representantes políticos e lideranças da área sentarem-se à mesa e buscarem soluções para amenizar os problemas causados para a constante superlotação dos hospitais da cidade. Há de ter uma solução.