Basta de reajuste

22/05/2018 às 05:10.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:11

O protesto nacional dos caminhoneiros autônomos, que não são ligados a transportadores, contra o reajuste de 25% no óleo diesel ao longo do ano mostra que a categoria chegou ao limite. Quer dar um basta em tanto aumento, que torna a atividade inviável para quem transporta cargas pelas nossas estradas, uma vez que o diesel representa quase 50% dos custos dos negócios. 

A alta tributação também revolta os trabalhadores. Segundo as entidades que os representam, 43% do preço do diesel na refinaria vem do ICMS, do PIS, da Cofins e da Cide. Tributos esses que vão para os cofres do governo, com pouco ou nenhum investimento nas rodovias brasileiras – grande parte encontra-se em estado precário, colocando em risco a vida dos motoristas.

No Norte de Minas, o protesto fechou ontem trecho da BR-251, em Francisco Sá, onde circularam apenas carros de passeio, ambulâncias e viaturas policiais.

O óleo diesel representa 42% dos custos dos negócios. E pensar que os profissionais gastam também com a manutenção dos veículos que circulam milhares de quilômetros pelas rodovias brasileiras, muitas delas esburacadas, sem acostamento e sinalização adequada. Pouco sobra para esses trabalhadores, e certamente nesta matemática quem arca com boa parte do custo acaba sendo o consumidor final, já onerado pela alta da energia – prestes a subir mais 25% –, da alimentação, da água e de outros itens imprescindíveis para a sobrevivência. Os caminhoneiros devem sim dar um basta.

A alta tributação também revolta. Quarenta e três por cento do preço do diesel na refinaria vem do ICMS, PIS, da Cofins e Cide.
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