O ministro da Integração Nacional, na visita que fez a Montes Claros nesta quarta-feira para debater a crise hídrica no norte de Minas, não titubeou ao ser indagado sobre que benefícios iria anunciar para a região. Respondeu perguntando: que benefício vocês querem?
A reação de Hélder Barbalho, que se reuniu com a diretoria da Codevasf e depois com os prefeitos da região no auditório da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene, tem sentido. Afinal, nestas ocasiões, quando aqui aportam figurões do poder, chovem as demandas por investimentos na região. E de toda espécie. No caso da questão hídrica não foi diferente.
O ministro reclamou que as demandas por construção de barragens não guardariam uma unidade de forças necessárias para que as construções se tornem viáveis. É cada um por si, segundo ele, pedindo uma obra: ora um prefeito pede a construção da Barragem de Berizal, ora a de Jequitaí, em seguida a de Congonhas...
O ministro aconselhou que os prefeitos se unam em torno de uma só proposta e, com o apoio da Bancada Mineira, no Congresso Nacional, acomodar suas forças na construção de uma das barragens, até que todas possam sair do papel. Argumento fácil de entender, até porque, é sabido, o governo enfrenta momentos de penúria, não somando recursos que possam ser liberados sem muita dificuldade para tornar realidade uma gama maior de benefícios para o norte de Minas. Não se pode dizer que a região se frustrou de novo com a protelação do governo. Se tal ocorreu, desta vez foi por culpa da desorganização de seus comandantes. Agora, é esperar o próximo capítulo dessa história que já se arrasta por décadas.
Ministro diz que o norte de Minas deixa de ser beneficiado como devia porque não há união nas propostas de investimentos regionais