Ação conjunta

03/08/2017 às 00:38.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:53

A informação de que um dos bandos que aterroriza Minas, assaltando agências bancárias no interior, tinha “olheiros” para ajudar a identificar os próximos alvos da quadrilha sinaliza que a polícia deverá ter bastante trabalho pela frente para colocar na cadeia o restante do grupo.

Detalhado nesta edição, o modus operandi dos criminosos mostra que eles agiam de forma premeditada e, acima de tudo, extremamente organizada, com integrantes dividindo “tarefas” para assegurar o sucesso das investidas contra o patrimônio alheio. 

Segundo a PM, os homens presos em Montes Claros afirmaram que estavam hospedados aqui para identificar possíveis cidades com segurança vulnerável para novos ataques. Eles levantavam dados sobre a rotina dos municípios, movimentação nas agências bancárias e rotas de fuga. Também mapeavam as unidades policiais nas imediações. 

Preferiam, claro, cidades pequenas, com pouca circulação de pessoas, na tentativa de minimizar eventuais contratempos aos ataques.

Tamanho “envolvimento”, aliado a um grande poder bélico, deu resultados. Em 24 dias, já foram ao menos dez ataques a agências e postos bancários, além de caixas eletrônicos em cidades do interior de Minas. No mais dramático, em Santa Margarida, duas pessoas morreram. 

Não basta a boa vontade da polícia para agir. A competência existe, mas é preciso também um trabalho integrado das forças de segurança para que o combate ao crime dê os resultados que os mineiros esperam. Ou seguiremos comemorando prisões de parte das quadrilhas, e não o desmantelamento completo desses grupos organizados e à margem da lei. 

Os criminosos agiam de forma premeditada e, acima de tudo, extremamente organizada, com integrantes dividindo “tarefas"
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