Supremo partidarismo

14/10/2017 às 00:26.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:13

Quatro dos seis ministros do Supremo Tribunal Federal que votaram para que o Congresso Nacional dê o aval em eventuais decisões da Corte de afastamento do mandato têm currículos com fortes ligações partidárias. Marco Aurélio Mello, primo do senador Fernando Collor, foi nomeado para a Corte pelo então presidente nos anos 90. Os ex-advogados do PT e do PSDB, Dias Toffoli e Gilmar Mendes, respectivamente, foram nomeados por Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso; e Alexandre de Moraes foi apadrinhado no Ministério da Justiça e depois na cadeira do STF pelo senador Aécio Neves, o maior interessado no resultado da ação que foi julgada. 

Réus 
Collor e alguns políticos do PT e PSDB são réus no STF e potenciais alvos de processos na Corte que podem afastá-los dos cargos. 
 
Tão perto
O ministro Alexandre Moraes não se deu por impedido em nenhuma ação envolvendo o nome de Aécio Neves tanto na Segunda Turma quanto no plenário na quarta-feira.
 
Gaiatice
Um gaiato boêmio do Congresso dispara que o pior para Aécio não é o afastamento do cargo de senador, e sim não poder sair de casa à noite. 
 
Pesadelo..
Se o leitor considera a condenação no Mensalão do PT o maior pesadelo de Valdemar da Costa Neto, o ‘dono’ do PR, é porque não conhece a ex-mulher dele Maria Christina Mendes Caldeira. A socialite acaba de protocolar nova ação, agora na Justiça do estado de Nevada, EUA, com denúncia de que o ex-deputado mentiu numa ação de divórcio na comarca de Miami, na Flórida, onde eles se digladiam. Aliás, Christina disse para o juiz na comarca de Miami que “quer metade do que é lícito”. Segundo ela, o magistrado perguntou o que era lícito. Ela respondeu que caberá à Justiça americana investigar diante dos documentos que ela vai entregar. Através da assessoria de imprensa, Valdemar informou que não vai se pronunciar. E lembrou que já processou Maria Christina por má fé. 

Blindagem 
Comandados pelo relator Carlos Marun (PMDB-MS), chamado de “testa de ferro” de Michel Temer no Congresso, governistas mantêm engavetados os dois requerimentos de convocação do ex-ministro Geddel Vieira Lima na CPMI da JBS.
 
Cerco
Um dos pedidos de convocação de Geddel é do deputado Rocha, do ‘aliado’ PSDB, partido que comanda quatro ministérios do Governo Temer. O outro pedido de convocação de Geddel foi apresentado pelo deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS).
 
Privatização
A oposição tenta frear as privatizações do Governo Temer. A deputada Luciana Santos (PCdoB-PE) pede que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, interpele o ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho, e solicite documentos e estudos sobre a operação de venda do controle acionário da Eletrobras. A Casa faz de surda. 
 
Alô Anvisa!
O tema do uso de agentes de sabor aos cigarros volta à pauta do STF na quinta-feira em um cenário desolador: o cigarro é o produto mais contrabandeado do Brasil. Hoje, quase metade dos cigarros vendidos no país (48%) não segue nenhuma norma sanitária da Anvisa. A agência se foca nos aditivos em lugar do combate aos produtos piratas.

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