A mensagem do general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército, lida em Brasília, na última quinta-feira, foi interpretada como mais um disparo de descontentamento da caserna com os rumos do país em várias áreas. Com dezenas de oficiais – da ativa e da reserva – na fila de pré-candidaturas, o manifesto verde oliva fala em “ideologização dos problemas nacionais”, cita a corrupção e diz que, nas eleições deste ano, “caberá à população definir a vontade nacional”.
Defasagem
A carta também critica o governo: “Orçamento aquém dos imperativos de suas missões e defasagem salarial dos soldados”.
Velada
Recente manifestação do general Villas Bôas foi vista como “ameaça velada” ao STF quando afirmou, às vésperas do julgamento de um habeas corpus do ex-presidente Lula, que o Exército “estava atento às suas responsabilidades constitucionais”.
Rombo
A proposta de orçamento para 2019 enviada pelo governo ao Congresso Nacional oficializa a previsão de que o Brasil enfrentará o quinto ano consecutivo de rombo nas contas.
Trajetória Vermelha
A peça indica déficit de R$ 139 bilhões; em 2018, a previsão da dívida é de R$ 159 bi; 2017, foi de R$ 118 bi; 2016, R$ 159 bi; 2015, R$ 116 bi e 2014, R$ 20 bi. Em 2013, as contas registraram saldo positivo de R$ 74 bilhões.
R$ 2
Deputado Lula Bohn Gass (PT-RS) cita pesquisa do IBGE ao afirmar que uma parcela significativa dos trabalhadores ganha menos de R$ 2 por dia: “São 4,5 milhões de brasileiros nestas condições”.
No exterior
O prazo para brasileiros (pessoas jurídicas e físicas) declararem bens no exterior – imóveis, depósitos, disponibilidades em moeda estrangeira, dentre outros ativos – se encerrou em fevereiro, mas até o momento o Banco Central ainda não tem o levantamento de quantas declarações foram recebidas.
Indisponíveis
À coluna, a assessoria do BC se limita a posicionar que “essas informações ainda não estão disponíveis”. De acordo com as normas da instituição financeira, são obrigados a declarar empresas e cidadãos brasileiros que totalizaram montante igual ou superior ao equivalente a US$ 100 mil em 31 de dezembro de 2017.
Corrupção
Alvo de ação civil na Justiça de Brasília, o presidente da Comissão de Segurança da Câmara, deputado Laerte Bessa (PR-DF), quer que o dia 7 de abril – data da prisão do ex-presidente Lula – seja o Dia Nacional de Combate à Corrupção.
Mensalão
Bessa adiantou que pretende apresentar projeto para oficializar a data durante encontro com representantes de movimentos patrocinadores do impeachment da ex-presidente Dilma. Ele pertence ao partido comandado pelo deputado cassado Valdemar Costa Neto, condenado no mensalão.
Em Massa
Procuradora Cristiane Lopes, do Ministério Público do Trabalho, denuncia que apenas um auditor fiscal do trabalho atua em Roraima para combater as irregularidades em meio à migração em massa de venezuelanos.