Ensaio na pista

19/02/2018 às 20:05.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:27

O Exército não foi passivo nesta intervenção federal decidida pelo presidente Michel Temer, mas um dos protagonistas. A caserna vê a iniciativa como preparação das tropas para um eventual cenário de convulsões sociais em capitais com a iminente prisão do ex-presidente Lula da Silva, com condenação confirmada em segunda instância na Justiça. Uma vez nas ruas do Rio, as tropas podem controlar manifestos locais e usar as táticas para repetir ações em outras capitais. 

Presente
A intervenção no Rio foi presente para o presidente. Tira da pauta a PEC da Reforma da Previdência, e desvia o foco da investigação contra Temer na Polícia Federal.
 
Bico no Civismo 
Os policiais do Rio trabalham para as milícias e para empresas de segurança privada. Que pagam mais. A farda virou um bico. Sem dever cívico. 
 
Passo a passo
Titular da Subchefia de Assuntos Jurídicos da Casa Civil do Planalto, Gustavo Rocha articula seu nome para ministro da Segurança. Tem apoio de ministros palacianos. 
 
Entregador-geral
Dono da Delta e com prisão domiciliar, Fernando Cavendish inaugurou um novo tipo de colaboração, a delação x-9 junto ao Ministério Público. Não há nada formalizado. Ele é consultado quando procuradores querem saber sobre comparsas e bastidores de eventuais transações escusas que tenham sido feitas. E Cavendish tem entregado.
 
Números do Pezão
O governador Pezão, do Rio, avisa que não tem chororô mas sim reclamação bem respaldada em relação à União, que repassa mais de R$ 20 bilhões por ano para o Estado. “O Rio manda R$ 130 bi para Brasília e recebe de volta essa merreca”, reclama. Pezão também desabafa sobre os números da Segurança: “Tenho certeza que somos os mais transparentes; duvido que tenha outro Estado que divulga seus números como nós”.
 
Roma-Brasília
O Governo da Itália cansou de esperar. Contratou o criminalista Nabor Bulhões, para tentar extraditar Cesare Battisti, ação expedida pela Justiça Federal. Processo no STF. 
 
Os Barata, de novo
A Guanabara, empresa dona do ônibus que se acidentou em Formosa (GO), matando oito passageiros semana passada, é de propriedade da família Barata, do Rio de Janeiro, cujo dono Jacob Barata filho está em prisão domiciliar.
 
O fiscal
Aliás, o diretor de fiscalização da Agência Nacional de Transportes Terrestres, João Paulo Souza, declarou que a Guanabara tem menos multas por irregularidades do que outras grandes empresas. Com um fiscal assim, a empresa não precisa de advogado..
 
Dom Pedro, 90
Dilma Rousseff e Dom Pedro Casaldáliga bateram um longo papo por telefone no fim de semana. O Bispo emérito de São Félix do Araguaia completou 90 anos. Dilma e Dom Pedro são amigos desde os tempos do regime militar.
 
Acorda, Rio
Junior Perin, ex-secretario municipal de Cultura e lideres de comunidades vão se reunir nesta terça-feira, no Circo Crescer e Viver, no Rio, para debater a intervenção federal. A ideia é apresentar propostas ao Exército para evitar abuso e violência policial.

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