Baixo efetivo

16/01/2018 às 00:16.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:47

A Polícia Federal está enfrentando “um problema sério” de efetivo com mais de 600 cargos de delegados vagos. A informação é do presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), Edvandir Felix de Paiva. À Coluna, ele lembra que, em 2015, havia a expectativa da realização de concurso para 491 delegados para repor os quadros abertos por aposentadorias e exonerações. “A PF está minguando aos poucos assim”, afirma. Segundo Paiva, o efetivo para cobrir todas as atribuições da PF no Brasil inteiro está cada dia “mais curto” e preocupa a falta de perspectiva em relação à realização de concurso para reforçar a corporação. 

Lava Jato 
O presidente da ADPF diz entender a crise, mas indaga: “O combate à corrupção é prioridade ou não? A PF é um investimento que dá muito retorno ao país – vide a Lava Jato e outras grandes operações”. O último concurso para delegados da PF foi realizado em 2012. 
 
Lacuna
Na Polícia Rodoviária Federal (PRF) o cenário é o mesmo: vários servidores se aposentaram nos últimos quatro anos, deixando uma lacuna de quase 3 mil vagas em aberto. A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) já apresentou ao Ministério do Planejamento estudos que colocam como ideal o efetivo de 15.605 policiais nas ruas. Atualmente, a corporação conta com 10320 agentes – abaixo do efetivo legal, de 13.098.
 
Encrencados
Antes da votação da reforma da Previdência, prevista para o dia 19 de fevereiro, a Câmara dos Deputados irá definir o futuro político dos deputados presidiários Celso Jacob (PMDB-RJ), Paulo Maluf (PP-SP) e de Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, também preso. 
 
Cassação 
Orientado pela assessoria jurídica, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), irá questionar a determinação do STF de afastamento (no caso Lúcio Vieira) e de perda de mandato de Maluf. O democrata reafirma posição de que cabe à Casa deliberar sobre a perda de mandato de parlamentares. As cassações do ex-governador e ex-prefeito de São Paulo e de Celso Jacob já estão seladas. Nenhum deputado está disposto a salvar os colegas encarcerados por corrupção em ano eleitoral. 
 
Déjà-vu
Em 2014, a Câmara cassou por 467 votos (do total de 513) o mandato do deputado Natan Donadon – condenado a mais de 13 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 
 
Volta
No Senado, fala-se nos bastidores que Renan Calheiros (PMDB-AL) iniciou as articulações para voltar a comandar a Casa em 2019. Tem o aval da oposição pelos constantes ataques ao governo de Michel Temer e apoio aberto ao ex-presidente Lula. 
 
Como assim?
A Coluna conseguiu, com nome e e-mail inexistentes, assinar o manifesto “Eleição sem Lula é fraude”. Não há qualquer tipo de verificação. Até a tarde de ontem, eram mais de 178 mil assinaturas, mas sabe-se lá quantas, de fato, verdadeiras. 
 
Vaquinha
Nomes como o de Cristina Kirschner e José Mujica aparecem entre os que apoiam o manifesto. Assim que o nome é inserido, o partido faz dois pedidos: dinheiro para a “vaquinha” e compartilhamento nas redes sociais.

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