A água no Norte de Minas

Cláudio Prates, presidente da Câmara Municipal de Montes Claros
03/08/2017 às 22:58.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:54

Diversos são fatores que têm contribuído para o processo de escassez dos recursos hídricos brasileiros. A crise que enfrentamos esbarra em dois grandes problemas, a nosso ver: a escassez, a falta de responsabilidade com o uso correto desse recurso são dois dos principais e a omissão política, sobretudo por falta de representatividade política regional, em cobrar dos governos e da Copasa a prevenção para esta situação, qual seja, a barragem de Congonhas, que deveria está pronta há mais de 15 anos.

No recesso da Câmara, visitamos a barragem da Copasa para certificarmos como está o principal reservatório de abastecimento de Montes Claros. Ele representa 70%. São 125 mil famílias na maior cidade do Norte de Minas. Moradores de diversos bairros nos procuraram para relatar a falta de água.

A situação do local é caótica. Urgentemente, precisamos de uma solução estratégica e eficiente. Os três principais rios que abastecem a Barragem (Juramento, Saracura e Canoas) estão comprometidos. O Saracura ainda tem água, pouquíssima, mas tem.

O Rio Juramento, por causa da pressão da Câmara de Vereadores voltou a cair dentro da Barragem. Isso porque captações irregulares de produtores foram paralisadas. A caminhada já colhe resultados positivos. A pressão já surtiu efeito.

Para tornar mais grave o caos instalado na barragem, descobrimos na nossa incursão que uma empresa de reflorestamento, com sede no local, degrada consideravelmente o leito do rio. Um boletim de ocorrência da PM, datado de fevereiro, aponta que a captação da água da empresa é 15 vezes maior que a própria Copasa. Todo processo com outorga.

O assunto nos preocupa há tempos. No começo deste ano, fomos a Copasa, em Belo Horizonte, para pedir ajuda da Presidência da Companhia cobrando mais projetos. Alguns deles foram atendidos, porém ainda há um longo caminho a percorrer.

Não sei se podemos encontrar um único responsável pelo atual realidade. O aumento da população, a industrialização, a expansão da agricultura e as mudanças climáticas, características ligadas diretamente ao desenvolvimento do país, a falta de políticas públicas efetivas, tanto da operadora quanto dos usuários são alguns dos fatores que contribuíram para o processo de degradação e escassez dos recursos hídricos.

É hora de mudar a realidade. Não é preciso ser um estudioso no assunto para entender que eu, você, nós precisamos fazer a nossa parte. Precisamos nos empenhar para conscientizar a população. Juntos, desenvolveremos ações profícuas para buscarmos soluções para o problema. Precisamos de soluções, não de culpados. Nós já estamos pagando um preço alto com racionamento, alto custo de cobrança pelo uso da água. Não podemos ficar de braços cruzados. Pequenas atitudes adotadas por nós podem fazer muita diferença para os recursos naturais.

Apesar de saber disso, o homem acaba causando danos seríssimos ao meio ambiente.

Nós, pessoas comuns, devemos e podemos ajudar. Se eu, você, nós! Cada um fizer a nossa parte, vamos contribuir para a preservação ambiental, para o uso correto do recurso tão precioso chamado água.

E quer saber? Não tem segredo! O que precisamos? #ATITUDE. Simples assim!

E nós vamos começar agora, arregaçando as mangas e trabalhando. Em breve, lançaremos a campanha do uso consciente e racional dos recursos hídricos.

Pequenas atitudes, mudam a nossa vida. E, com ações educativas, vamos viabilizar a mudança de mentalidade do norte-mineiro.

O que eu estou fazendo para mudar a realidade? O que você está fazendo para a mudar a realidade? Vamos responder juntos?

Não é preciso ser um estudioso no assunto para entender que eu, você, nós precisamos fazer a nossa parte. Precisamos nos empenhar para conscientizar a população
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