De olho no STF

03/04/2018 às 01:53.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:08

As atenções desta semana estão voltadas para o STF, que julga nesta quarta-feira o habeas corpus preventivo do ex-presidente Lula. É que independentemente de Lula poder ou não ser candidato à Presidência da República, sua liberdade ou prisão têm influência direta no tabuleiro das eleições. Se ele for preso, o discurso da esquerda será de vitimar o processo. Se ele responder os processos fora da cadeia, terá liberdade para participar da campanha do escolhido pelo ninho petista.

Redução da bancada
Tenho recebido vários questionamentos de leitores sobre a performance do PT nas eleições deste ano. O que posso dizer é que, independentemente do que venha acontecer de agora para frente, a agremiação reduzirá pela metade a sua bancada, principalmente na Câmara Federal e no Senado. O que ainda não é possível prevê é o tamanho do estrago. A conta é simples: em toda eleição, o tamanho da bancada é proporcional à importância do candidato na majoritária e o envolvimento de suas principais lideranças. No pleito passado, tanto Lula quanto o governador Fernando Pimentel foram os principais puxadores de votos. Basta dizer que só em Minas, 500 mil votos para ajudar os deputados foram na cota de Pimentel. Como hoje não é possível fazer tal previsão, a queda será iminente.
 
Fiel da balança
Nas eleições de Minas é possível dizer que o MDB hoje é o fiel da balança da base situacionista no Estado. A reedição da coligação com o PT representa uma sobrevida, principalmente para a base governista. Se o MDB escolher um outro caminho, os petistas terão dificuldade, inclusive na formação de chapa na majoritária. Por sua vez, os emedebistas estão em melhor situação, mas também têm dificuldades em caminhar em faixa própria, já que em seu quadro não existe nome capaz de assumir cabeça de chapa com chance de êxito. A vantagem é que virou a noiva da vez, e tanto situação como oposição aceitam discutir um alinhamento.
 
Paraquedistas
Representantes de entidades de classe - entre elas a Amams, ACI, CDL e Fiemg Regional Norte -, da Maçonaria de entidades ligadas à classe rural reuniram-se ontem no auditório da Associação dos Municípios para dar sequência à discussão da valorização do voto regional, que na prática é o combate ao chamado candidatos paraquedistas. Na pauta, apresentação de aplicativos para as eleições e a criação do Comitê de Valorização Eleitoral do Norte de Minas.
 
Definição de Gil
Ao divulgar a informação de vai buscar a reeleição, o deputado estadual Gil Pereira (PP) jogou uma ducha de água fria nos candidatos a deputado estadual da região que esperavam ocupar o seu espaço. Por sua vez, a decisão foi comemorada pelos candidatos que disputarão uma cadeira na Câmara Federal. Gil sabe que tem reeleição garantida. Ele terá quatro anos para trabalhar sua candidatura a Federal. Antes de anunciar a decisão, conversou com o senador Antonio Anastasia (PSDB), um dos candidatos da oposição do Governo de Minas

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