Alvo de polêmicas desde a criação, em 2014, o Bolsa Família será reajustado em 5,67% em Minas. Este é o segundo aumento na gestão do presidente Temer e obrigará o governo federal a destinar suplementação de R$ 10 milhões por mês na folha de pagamento do programa no Estado. No Brasil, o impacto estimado é de R$ 684 milhões.
Aqueles que se opõem ao benefício apontam um viés eleitoreiro no programa e dizem que ele é ineficaz para reduzir desigualdades. No entanto, a iniciativa mostra-se vitoriosa. Em 15 anos de Bolsa Família, são vários os depoimentos de pessoas carentes que conseguiram uma vida mais digna para os filhos, com acesso à escola na infância e chance maior de trabalho no futuro. O benefício foi determinante para que o Brasil saísse do Mapa da Fome da ONU em 2014.
Além de aliviar a fome de pessoas carentes, o Bolsa Família acompanha se as crianças estão na escola. Ou seja, contribui para a melhoria da saúde, educação e redução dos riscos de vulnerabilidade social. Para que prossiga com sucesso, o ideal é que o governo não abra mão do acompanhamento das famílias assistidas e de ações que evitem fraudes e desvio dos recursos.
O valor médio do benefício mensal é de R$ 169,35 - o equivalente à conta do almoço de domingo de muitas famílias em restaurantes de classe média. No Norte de Minas, uma das regiões mais pobres do Estado, o Bolsa Família é de vital importância, sobretudo para os afetados pela seca, que costumam não ter um prato de comida por dia, situação que os impede de trilhar um caminho melhor. “Quem tem fome tem pressa”, já dizia o sociólogo Betinho.