Sobrepujar a dor

Paiva Netto - Jornalista, radialista e escritor
Hoje em Dia - Belo Horizonte
29/06/2018 às 06:23.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:04

A sabedoria antiga revela que as criaturas humanas podem expressar sua melhor capacidade justamente pela atitude que tem diante da dor. 

Especialistas do comportamento humano concordam que, em situações adversas, quando o sofrimento nos surpreende de maneira tão cruel, a superação requer postura de coragem. Deixar de lado sentimentos de angústia e revolta é igualmente indispensável.

Aos que acreditam em um poder superior, na eternidade, de forma geral, a provação é mais prontamente aceita, enfrentada e vencida. Contudo, mesmo os céticos podem encontrar energia construtiva para dar novo sentido às suas existências. Temos, por exemplo, a caridade, o auxílio ao próximo, como emblemática ferramenta de reconstrução de nossa própria felicidade. 
 
NÃO TEMER OS DESAFIOS
A crise é o teste da inteligência. A luta instiga o nosso valor. Por que temer os desafios? É a maneira escolhida por Deus para premiar a nossa capacidade. E qualquer vitória no campo espiritual e físico exige sacrifício. 
 
VITÓRIA AO ALCANCE
Ninguém pode sentir-se derrotado antes mesmo de tentar o sucesso. Refletindo a respeito do estado de espírito que devemos manter, de forma que tornemos realidade as boas metas que estabelecermos para a nossa existência, concluí: todas as vitórias estão decididamente ao nosso alcance pela força do nosso próprio e valoroso trabalho. Portanto, de nossa criatividade diligentemente bem aplicada. Administrar é chegar antes! 

O negativismo atrasa o progresso
É indiscutível que a conduta psicológica negativa de lideranças e liderados não contribui em nada para o crescimento social das populações. Estou com o escritor, professor e pastor metodista norte-americano William Arthur Ward (1921-1994) quando diz: “O pessimista queixa-se do vento; o otimista espera que ele mude e o realista ajusta as velas”.

Assim sendo, não percamos tempo! Ajustemos as nossas velas e sobrepujemos os vendavais, a fim de concretizar o bom ideal que cultivamos. Isso não tem nada a ver com o famigerado “os fins justificam os meios”, atribuído a Maquiavel (1469-1527), autor de O Príncipe. 

Mas é triste ver alguns pensadores de grande valor, antigos demolidores de preconceitos e tabus, depois de tanta luta, declarar-se desiludidos de tudo. Ora, quando eu era menino, ouvia, na voz dos mais antigos, este conforto de Teócrito (aprox. 320-250 a.C): “Enquanto há vida, há esperança”. 

Certa vez, o saudoso Dom Hélder Câmara (1909-1999), arcebispo emérito de Olinda (PE), com a sua inata certeza de eras mais felizes para os povos, manifestou-se desta forma: “Feliz de quem atravessa a vida inteira tendo mil razões para viver”.

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