MONTES CLAROS

Interdição de edifício causa impacto na rotina escolar

Márcia Vieira
marciavieirayellow@yahoo.com.br
Publicado em 12/04/2024 às 19:34.
Pais questionam a interdição da escola, alegando que está localizada fora da área interditada e expressam confusão em relação à medida tomada (GOOGLE MAPS)

Pais questionam a interdição da escola, alegando que está localizada fora da área interditada e expressam confusão em relação à medida tomada (GOOGLE MAPS)

Após a interdição de casas e ruas próximas ao Edifício Roma, em Montes Claros, os pais dos alunos da Escola Estadual Dr. Antônio Augusto Veloso, situada na rua Francisco Versiane Ataíde, no bairro Candida Camara, expressam preocupação pela falta de comunicação por parte da construtora. Eles pedem uma explicação clara sobre os prazos da interdição e da suspensão das atividades escolares.

Letícia Vicoso é mãe de uma criança de sete anos do segundo ano fundamental. Ela revela que no grupo do WhatsApp da escola todas as mães estão preocupadas. Os alunos estavam na semana de provas e os pais temem o impacto que isso pode gerar no aprendizado.

“A Escola está fechada desde terça feira. Colocaram um aviso na porta falando que não teria aula dia 9. Apenas isso. Todo mundo só fala do comércio, dos bares, dos moradores. Até que enfim alguém se sensibilizou com a nossa situação”, desabafa. Para Letícia, apesar da proximidade com o edifício, a escola está um pouco além do raio de isolamento. “A escola está a mais de 80 metros do prédio. Falaram que era 60 metros de distância. Na quarta-feira (10) muitas crianças foram a escola e estava fechada. Eu só fiquei sabendo, porque tenho outra filha no Cemei que fica perto”, afirma pedindo que os responsáveis venham a público dar uma resposta. 

Lorena Crepaldi, mãe de um aluno, também reclama das informações desencontradas: “falaram que seria até hoje , sem aula, mas ainda não sabemos se vai retornar na segunda-feira”, diz.
 
INSEGURANÇA
Outra situação que tem preocupado os moradores é a insegurança. Maria Coelho mora pouco abaixo do Edifício e, desde a última segunda-feira (8), está longe de casa. No primeiro dia, ela chegou a ir para o hotel indicado pela construtora, mas passou apenas uma noite e, por causa das crianças, optou por ficar na casa da mãe com o marido e filhos. 

“Tivemos que deixar nossas casas por medida de segurança, mas estamos enfrentando outro problema. Diminuíram o policiamento, com isso tem acontecido roubo nas residências. Em conversa com a construtora disseram que nem os policiais, nem a guarda municipal podem ficar mais. E agora? Além de estarmos fora de nossa casa, estamos correndo o risco de voltarmos e não ter nada dentro”, diz temerosa. 

O sargento do Corpo de Bombeiros, Igor Barbosa, declarou que o sistema de comando operacional, temporariamente instalado no Bar do Jiló, ainda não possui uma data definida para ser desativado. Os funcionários da construtora continuam no trabalho de escoramento.  
 
RESPOSTAS
A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG) informou que a Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Montes Claros, responsável pela coordenação da escola, tem acompanhado o caso de perto em diálogo permanente com o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), Defesa Civil e demais autoridades municipais competentes. 

“É importante esclarecer que a SRE de Montes Claros foi orientada a suspender as atividades pedagógicas na unidade de ensino até a conclusão do laudo técnico do imóvel citado, previsto para esta sexta-feira (12). A SEE-MG reforça que essa medida foi adotada como precaução e para garantir a segurança dos estudantes e servidores. Sobre as aulas interrompidas, a SRE já trabalha no planejamento do calendário para recomposição das aulas e aprendizagem, cumprindo os 200 dias letivos, sem prejuízos à comunidade escolar”.

Em relação a insegurança dos moradores, a Polícia Militar informou que “ foi feito uma apuração junto ao Centro de Operações Policiais Militares (COPOM), sendo constatado que houve o registro de um furto no bairro São Luiz, porém fora do perímetro de isolamento do prédio em questão. Informamos, ainda, que está sendo feito policiamento no local do perímetro pelas viaturas do setor diuturnamente, com patrulhamento preventivo no entorno do isolamento”.

No final da última tarde, o advogado da Construtora Turano, Élio Soares Ramos, em contato com a reportagem, afirmou que “a previsão do laudo é para segunda-feira (15). Após isso, a solução para o entorno. Sobre a segurança, a construtora providenciou vigias para a região”.

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